quarta-feira, 27 de maio de 2009

Resposta a Hamlet (sobre um trecho da poesia homônima de meu bisavô, Pethion de Villar)




Você me pergunta
se esta carne tão sólida
derrete e se funde com o orvalho
da dor...

São tão inúteis
os costumes do mundo.
um jardim de ervas daninhas
nenhuma flor...

Seu coração despedaça
mas deve conter a língua
transforme sua voz em lágrima
a palavra míngua...

Existir ou não, eis a questão. ..
Aceitamos as feridas da morte ou reagimos?
Finalmente, vale a pena viver, ou não?
E se vale, pra que tudo isso que sentimos?

A morte é um nome em vão, no meio das ondas do mar,
Minha vida é uma praia onde ela espuma, perdida,
pra depois voltar ao azul e formar novas ondas,
novas vidas...

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