Doze
Numa mesa, num relógio, num ano, num grupo, o numero de apóstolos de Cristo, uma dúzia...
Porque doze?
Atemporalidade e medição de tempo se misturam neste número, sem muita explicação para a maioria de suas utilizações...
Porque dividir as horas em doze?
Porque dividir as “pencas” e ovos em dúzias?
Você já pensou sobre isso?
Desde a antiguidade o número doze serviu para muitas tarefas de diversos povos e religiões.
Desde a babilônia, onde se estabeleceu uma base numérica em torno do número doze e não em base ao número dez, que é o nosso sistema numérico atual. O doze era a sua cifra essencial, pois o espaço e o tempo tinham sentido em relação com o doze: doze esferas, doze meses do ano, doze horas diurnas, doze horas noturnas, doze signos e doze casas do zodíaco. Para a Cabala o número doze é um numero carregado de vibrações e seu simbolismo é interpretado de várias formas. Por uma parte é um número de forte influência sobre a sensibilidade das pessoas. Seu significado pode estar relacionado também com as paixões e com a renuncia pessoal ou compreender os mundos da formação, da criação, da emanação e da ação.
Como número da formação se associa ao pensamento e a mente; como número da criação, está associado à saúde, tanto da alma como do corpo; como número da emanação, o doze é interpretado como centro essêncial dos objetos e das coisas; como número da ação o doze é relacionado à evolução e ao desenvolvimento, e assim, considerado como um símbolo da Mãe Terra.
Para a Astrologia o doze é um número de significado harmônico, identificado com o signo de Peixes, no Zodíaco.
Os alquimistas o consideram cheio de sentido hermético. Por ser múltiplo perfeito de três, conteria a tríade de elementos essenciais para transformação da matéria bruta com base das misturas de mercúrio, sal e enxofre. Teria também, no quatro, seus divisores, simbolizando os elementos (água, ar, terra e fogo).
Na tradição judeu-cristã o número doze é uma cifra sagrada, um símbolo de pleno sentido, já que eram doze os apóstolos, doze as tribos de Israel, doze os frutos do Espírito Santo, doze os filhos de Jacob, doze as pedras preciosas do peitoral do sumo sacerdote, doze as portas da cidade de Jerusalém, a mulher celestial levava uma coroa com doze estrelas; inclusive a Bíblia diz que o número dos eleitos era doze vezes doze.000, uma cifra que representa a totalidade dos santos. A escolha de doze apóstolos, simbolizando a diversidade das tribos de Israel já apontava para seus múltiplos: logo, já não eram mais doze, eram 72 e depois milhares e hoje milhões. Ah, e talvez a menos conhecida,: doze vezes apareceu Jesus Cristo depois de morto. (Esta você não sabia, hein?)
As tradições chinesas também incluem este número entre seus favoritos, seu Zodíaco está formado por doze animais que completarão um ciclo de doze anos.
A prática tanto do Tai Chi Chuan como do Chi Kung se rege pelo estrito cumprimento das Doze Virtudes de Ouro.
A escala musical está formada por doze graus cromáticos (do, do#, re, re#, mi, fa, fa#, sol, sol#, la, la#, si), o que aproveitou e aperfeiçoou o compositor austríaco Arnold Schönberg em seu sistema dodecafônico serial.
O Doze, assim, é um número sagrado, que serve para medir os corpos celestes, assim como os meses do ano. O Doze se considera passivo e é o sinônimo da perfeição. Doze vezes 30 graus formam os 360 graus da circunferência.
Os caldeus, os etruscos e os romanos dividiam seus deuses em doze grupos. O deus Odin escandinavo tinha doze nomes, do mesmo modo que os rabinos sustentavam antigamente que o nome de Deus se compunha de doze letras.
Adão e Eva foram expulsos do Paraíso às doze horas do meio dia. São doze as pedras preciosas da Coroa da Inglaterra, doze as portas da cidade de Jerusalém e doze os anjos que as custodiavam, segundo o Apocalipse. Ainda segundo João, o Evangelista, em Jerusalém viverão doze mil homens eleitos.
O doze representa o sacrifício no Tarô. Nos doze primeiros arcanos deste jogo se encontra a chave do total de cartas que o compõem. Em Atenas se adotou o sistema decimal e Platão admitia doze deuses em sua República. Também havia doze deuses primitivos entre os japoneses. O doze é o número do justo equilíbrio, a prudência, a forma graciosa. Para os etruscos o céu tinha doze divisões pelas as quais o sol passava todos os dias, e dividiam suas possessões em doze províncias. Às doze é a hora do cenit do sol, e doze é o número da esfera do relógio.
Se foi no “mês doze” que Jesus nasceu, doze também é o dia do nascimento de minha “grande alegria”!
É bem interessante como este simples número, o doze, está presente em nossas vidas!
Se, não me engano, acabei me alongando e dando muito mais do que doze motivos pra você pensar sobre o assunto e, de minha parte, acabei de verificar que já passam das doze e antes que o sono comece a me fazer repetitivo a ponto de me fazer errar na dose neste texto sobre o doze, vou me despedindo, recomendando que, caso queiram saber mais, no Google há centenas de dúzias de sites sobre o assunto! É só pesquisar!