terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Caixa da terça




A caixa ainda guarda
alguns temas de canções
que nunca foram feitas
são só recordações...

A caixa ainda guarda
um pouco de todos nós
palavras que foram escritas
e nunca tiveram voz...

Não foram sorteadas
nas noites de terças feiras
nem se transformaram em baladas
de inspiração verdadeira...

A caixa ainda está guardada
papéis dobrados lá dentro
intenções imaculadas
viradas no mói de coentro...


Alzheirmer



Longe dos olhos
perto do coração
a distância entre
a matéria e a gratidão...

Perto do adeus
longe da separação
a distância entre
tristeza e emoção...

Tudo o que se tem
para oferecer
é o dia que se repete
todo dia...
Uma rotina que se tem
para esquecer
só nos compete
a fantasia...

sem perspectiva alguma
de retorno ou reconhecimento
sem qualquer expectativa
da lembrança de um momento...

Perto dos olhos
abraço com coração
a proximidade entre
amor e oração!

Longe de tudo
ainda resta a missão
de amar ao seu próximo
e estender o coração...

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

História de Amor ( A Victor e Nanda Serrano e Silva)



Um olhar
encontra
o outro,
algo
aquece
o coração
quando
dois lábios
se tocam,
vidas ganham
inspiração...

Uma história
encontra
a outra,
juntas
vivem
uma paixão
suas vidas
se misturam
aliança
em suas mãos...

E o tempo
vai contando
os capítulos
do Amor:
viagens,
frutos,
sonhos,
na história
deste Amor!

A Vida
vai traçando
o enredo
deste Amor:
passagens,
trocas,
planos,
da história
deste Amor!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Visão Mística





Num meio-dia sem graça
de uma quinta-feira qualquer
de dentro de um carro comum
uma criança sem nome vê, 
numa nuvem que passa,
uma forma incomum de mulher...
Parece que está de joelhos,
será que ela reza ou chora?
Eu olho a criança no espelho
e no reflexo do retrovisor
eu vejo em seus olhos de Amor
a imagem de Nossa Senhora!

O Amor permanece entre nós(com Lú Viola)



Andam dizendo por aí
na madrugada houve um clarão
pedra rolou, longe se ouviu
e a guarda toda foi ao chão

E onde só tinha dor,
saudade, medo e agonia
A Esperança se renovou
trazendo fé e alegria!

Andam espalhando por aí
o dia mal amanheceu
que o tal Jesus Ressuscitou
até a morte Ele venceu

O Amor continua entre nós
desde o sinal da estrela guia
O Amor está vivo entre nós
um jardineiro disse a Maria!

Madalena correu pra contar
que tinha estado com o mestre Jesus
Pedro e João correram até lá
Ele foi visto também em Emaús

Mais de dois mil anos depois
andam cantando por aí
que o tal Jesus Ressuscitou
que seu Amor é vivo aqui!

Este Amor continua entre nós
É o motivo da nossa alegria
O Amor está vivo entre nós
por isso a gente celebra este dia!

Fortes na praia




A praia é para os fortes!
Os fracos herdam o egoísmo das cidades,
nas multidões de gente solitária,
venerando a carne e a bebida!
Na praia, os fortes despem-se das vaidades
e mergulham no pedido do outro!
Cada onda e cada grão de areia
faz sentido para eles...
Tudo faz parte de uma comunhão
com o eterno...
Gesto manifesto de gratidão,
feito com o coração...
Longe dos blocos de interesses pessoais,
distante das ruas e carnavais!
Na praia, os fortes tecem suas redes...
E viram pescadores de gente!
Na cidade os fracos montam suas contradições...
E tornam-se pecadores contentes!
Na praia, a mãe natureza sorri..
E abraça seus filhos com a amorosidade de sempre,
fazendo-os ainda mais fortes...
Na cidade, os fracos fazem seus planos,
cheios de enganos, e traem a si mesmos
e à mãe de todos os filhos...
Os fracos parecem tão insanos...
Andando a esmo, colocam suas máscaras
e vão fazer seus carnavais de cinza e fumaça!
Egoísmo é dor que não abraça,
ensimesmada em seus próprios "ais"...
Enquanto isso, na praia,
os fortes permanecem em paz!

Herdeiro e Guardião (com Lu Viola)



Das trevas Ele se fez luz
Do frio Ele se fez calor
Da morte fez brilhar a cruz
Do medo fez vencer o Amor

Nossa Páscoa é ressurreição
Celebração do triunfo do Amor
Há esperança pela redenção
Alegria em nome do Senhor!

Do espinho Ele se fez Rei
Do Pão se fez alimento
Do vinho, aliança e lei
Amar, eis o mandamento!

Nossa Páscoa é ressurreição
Celebração do triunfo do Amor
Há esperança pela redenção
Alegria em nome do Senhor!

Cordeiro do Amor do Pai
Guerreiro do Amor de Irmão
Herdeiro e guardião
do sopro do Espírito Santo!

Távolas nem sempre redondas...




A diferença entre missão e omissão passa por um simples detalhe:o círculo onde nos encaixamos ou deixamos de nos encaixar...
Ao colocarmos à frente das missões que nos são dadas o nosso círculo pessoal, acabamos por nos omitir do significado real da missão proposta!
Centrados em nós mesmos o alvo é sempre nosso próprio bem estar, jamais o do outro, por mais próximo que seja o outro.
E assim a missão do cristão passa a ser omissão...
Quase sem sentir, escorregamos em nossa própria palavra, passamos por cima de nosso compromisso, ignoramos pactos acordados...
Só o que interessa é vencer a competição do próprio conforto, nada mais...
Amizades, família, coletividade, tudo vai sendo colocado pra debaixo do tapete, em segundo ou terceiro planos...
Sujeira acumulada que se guarda na própria casa...
Triste engano...
A missão que vira omissão vai se acumulando nos cantos mais escondidos do lar, impedindo a luz de brilhar e o sal de temperar...
Títulos, dinheiro, a breve sensação de poder, como pó, se desfazem, diante do espelho aonde só se reflete o remorso pelo não cumprimento do dever...
Querer, poder, dever...
Trindade de ações que se completam sem saber...
Se completam e se cobram...
E costumam cobrar caro...
Assim como a própria Vida!
Ou então resolvem se renegar...
Como irmãos que não se reconhecem no agir...
E desaprendem a amar entre si...
O círculo, a távola redonda, esta sempre irá existir...
Mas é preciso cuidar...
Pra que cada um entenda, aceite e assuma o seu papel ali!

Wilson e Albiralice (com Lu Viola)




Nessa de cuidar
dos outros
cuidem de voces
também
na saúde e
na doença
com respeito
e Amor, amém!

Nessa de curar
os outros
acolher
e ir além
Defender
a Vida Humana
como o maior
bem!

Celebrar
cada conquista
sempre unidos
pelo coração
sonhos a
perder de vista
ser especialista
com paixão!

Paz, ciência
fé e cura
pílulas
contra a mesmice
Medicina
com ternura
Wilson e
Albiralice!

O mundo
espera por vocês!
Não há fronteiras
pra tanto talento
Mas se a saudade
contar até três
portas abertas
pra nossos momentos!

Braços abertos
esperam vocês!
Abraços certos
de bons sentimentos!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Desabafos da Arquibancada



Este lamentável episódio do último BA x VI trouxe à tona uma série de reflexões às quais devíamos nos debruçar para tentar, ao menos, evoluir na nossa maneira de nos relacionar com nossas expectativas, nossas paixões e as diferenças entre nós e os outros.
Num país como o nosso, bastante árido de exemplos dignificantes, a sucessão de enganos lamentáveis no último clássico expõe para o mundo a nossa carência absurda de valores e moral!
O futebol é uma vitrine de nossa cultura. E se já é um triste e consumado fato universal a associação histórica dos brasileiros com malandragem, desonestidade e deselegância por causa do futebol, o que dizer dos hábitos e costumes baianos depois deste último vexame?
As claras evidências da cultura do "farinha pouca meu pirão primeiro", do "camarão que dorme a onda leva", do "vou me dar bem não interessa em cima de qual otário", tão explícitas para quem vive a nossa rotina soteropolitana se cristalizaram na vergonhosa sequência imoral de selvageria e falta de esportividade protagonizada por dirigentes, técnicos, jogadores, profissionais de imprensa e torcidas de nossos principais times.
Absurdo pós absurdo assistimos, sem nenhuma surpresa, um degradante retrato de nossa sociedade. Desrespeito, violência, truculência, mentira, simulação, falta de ética, covardia, tudo num mesmo tabuleiro, para o delírio dos fanáticos de plantão!
Neste momento não podemos cair na cilada de, vestidos com as camisas de nossas paixões, sair apontando para este ou aquele como responsáveis por uma situação constrangedora. Todos são culpados, além de qualquer outra parcial exclamação!
Somos um povo que abusa de cometer erros, que tem gosto pela infração, que desrespeita as leis, as regras e os semelhantes. Esta é a verdade!
Existem exceções? Sim, graças a Deus! Mas são exceções! Ponto!
Sobre o clássico, não bastassem as imagens de violencia generalizada contradizendo todo um discurso vazio de um Ba x VI de paz e o abraço hipócrita de jogadores e técnicos antes do jogo, ainda houve o "gran finale" apoteótico pra enterrar de vez qualquer espécie de argumento atenuante!
Meus avós e pais me formaram, entre outros valores que me transmitiram, com um princípio básico de boa educação: "quem convida, dá banquete!"
Por isso vou começar falando sobre o anfitrião e a postura de alguns dos donos da casa.
Me mantive calado sobre o assunto pois, até que houvesse alguma prova sobre o ocorrido, todo mundo mereceria o direito ao benefício da dúvida. Depois do que ficou provado nas redes de TV em todo o país, através da leitura labial do Sr. Mancini, não havia mais como me calar.
Logo ele que, há poucos meses, já como técnico do Vitória, havia protagonizado uma situação com jornalistas paulistas, digna de aplauso do mais fanático torcedor do Bahia, ao exigir respeito e imparcialidade  em relação aos clubes do nordeste, sendo ele mesmo do sudeste do Brasil.
Na época fui às redes sociais para elogiar a postura e a coragem de Mancini, técnico do principal rival do time que meu coração escolheu para torcer. Não fico feliz em relatar hoje a minha decepção com este mesmo senhor, justamente pelo contrário: sua conduta no episódio foi anti-ética, anti-desportiva, desonesta, mentirosa e covarde.
E estou apontando para ele, justamente por reconhecer sua capacidade, talento, experiência e liderança como treinador de futebol. De todos os envolvidos no episódio, a meu ver, Mancini foi quem mais errou! Errou ao deixar o profissionalismo de lado e "comer a pilha" da passionalidade de seus jogadores e dirigentes! Errou ao detonar a própria liderança ao induzir e expor um garoto ao desrespeito a todo o público.
Errou em não reconhecer o próprio erro, na coletiva de imprensa, tentando responsabilizar outras pessoas, negando de forma acovardada o que havia feito e, cinicamente, exortando o "caráter de pessoas de bem" como se a verdade pudesse mesmo não vir à tona. 
Vergonhoso, lastimável, de uma falta de esportividade asquerosa mandar um jogador em início de carreira fazer o que fez. Mas Mancini não errou sozinho. A diretoria do Vitória estava envolvida, como foi demonstrado por várias reportagens sobre o assunto. Os jogadores também!
Embora tricolor, fico muito triste pelo Vitória, clube que aprendi a respeitar como rival, pela sua história centenária e suas recentes conquistas. Não fico nem um pouco feliz em ver um time da Bahia ridicularizado e exposto assim na imprensa do mundo inteiro.
Penso que se a instituição Esporte Clube Vitória não demitir sumariamente todos os envolvidos, incluindo diretor de futebol, técnico e jogadores envolvidos, manchará para sempre a sua própria reputação.
Deixando o anfitrião de lado e indo para a imprensa. Ouvir de alguns maus elementos do dito jornalismo esportivo que "se fossem Mancini fariam o mesmo porque ele deve  satisfação e o emprego dele à torcida do Vitória e é melhor pro torcedor rubro-negro sair do estádio com este resultado
e perder os pontos no tribunal que ser goleado pelo Bahia é de uma pequenez, de uma falta de moral que beira a marginalidade! Que desserviço prestam ao futebol e à sociedade estes "profissionais" que só querem ver o circo pegar fogo por não terem profundidade para abordar aspectos muito mais importantes do meio esportivo.
Chego ao meu próprio time. Infeliz também! Muito infeliz! Os moleques do Bahia, que se comportaram como os "netos baianos" da vida, que tanto criticamos num passado próximo, não merecem sequer vestir a camisa tricolor.
Os "heróis" de um tempo bom, no qual o futebol era jogado com garra e arte, paixão e compromisso, estes se acabaram!Futebol é pra quem sabe jogar bola! Pra se ganhar no campo! Dancinha, gestos obscenos, provocações que não levam à nada só servem como pavio pra detonar bombas como esta! Dirigente do Bahia ficar pressionando árbitro também já deu! Jogador do banco de reservas, que nem no calor do jogo está, invadir o campo pra brigar beira o ridículo.
Em meu time os envolvidos não jogavam mais. Demissão por justa causa. Hoje em dia os salários são altos demais pra um jogador se dar ao luxo de ser suspenso por não sei quantos jogos por absoluta falta de controle emocional.
Ainda, sobre o episódio, já ouvi as mais diversas tentativas para justificar o injustificável. Os torcedores do Vitória chegaram a evocar os tempos de Osório e Maracajá, logo eles que vivem dizendo que quem vive de passado é museu. Os do Bahia falam que Neto Baiano e Junior Diabo Louro chegaram a pisar no escudo do Bahia na Fonte Nova e nem por isso ninguém os agrediu. Enquanto isso o futebol vai perdendo o seu encanto, os marginais são escalados em campo e quem perde são os que verdadeiramente amam o esporte.
Já fui muito mais apaixonado por futebol, pelo Bahia, pela Seleção Brasileira.Tudo isto tem desgastado muito minha paixão por este esporte. Eu que pratiquei durante anos e sempre respeitei as regras, a ponto de acusar quando o juiz marcava errado a meu favor, realmente estou desencantado! 
Da valorização exagerada e desmedida de passes e salários de jogadores altamente comprometidos com seus próprios bolsos e sem paixão nenhum pelo clube e seleções em que atuam aos repetidos "espetáculos" de vandalismo e violência nas ruas e estádios em todo o mundo, cada vez mais associo as novas arenas às antigas, nas quais imperavam as disputas sanguinárias para deleite de um povo que se contentava apenas com pão e circo! 
A gente precisa exigir mudanças éticas em todos os níveis!!! Partindo de nossa própria parcialidade e paixão que, nos casos mais fanáticos, nos fazem totalmente cegos a todo e qualquer absurdo. O futebol é uma vitrine da nossa cultura. E, sincera e honestamente, a cada dia que passa, perder meu tempo para assistir a este tipo de coisa tem perdido todo e qualquer sentido.
Finalmente chego à figura do juiz. Uma figura antes respeitada, admirada ou vilanizada por suas decisões... Notar que desta vez o juiz foi quase que ignorado, assim como fazemos com as leis e regras que nos regem... Passamos por cima dele, como fez o jogador de menos de 20 anos, ignorando sua autoridade, incentivado por seu técnico e por seu clube, sem nenhum temos quanto à punição ou à própria reputação...
Assistir a este último BA x VI foi como se olhar no espelho e detestar a imagem que se vê!
Todos perdemos! De goleada! E, o que é pior neste caso é que não adianta recorrer à justiça. Ela também está desacreditada!

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Fé, Liz! (A Gabi, Lucas, Nanda e Victor)




Primavera
numa era
de quem viu
o marrom,
preto e branco
que nasceu,
cresceu,
latiu,
brincou,
lambeu,
uivou,
alegrou,
preocupou,
sofreu,
amou,
gestou,
pariu,
amamentou,
cuidou,
se dividiu,
viveu,
chegou
e partiu...
Primavera
de uma vida
que ganhou
um lar
amoroso,
donos
carinhosos,
que a fizeram
Prado, Serrano
e Silva!
Um viva!
Uma saudade
cativa..
Duas famílias
unidas
pelas
lembranças!
E a gente
tem que
aprender com
ela a ser
ninja...
Porque dói,
por mais
que a gente
finja que não!
Coisa
de quem
foi amado
e amou!
Fé, Liz,
sua Donna
te encontrou!

Ritual de Abril




Por um fio,
um rio,
um fiapo,
riacho,
um cacho
de água doce,
um espartilho,
o rastilho
de um pavio,
um facho
de luz,
um farol
orientando
um navio
entre ondas
azuis...
Chuva
no estio...
Natureza
no cio!
Uva, vinho,
um pergaminho
vazio...
Um caminho,
um ninho,
o aconchego
de um abraço
no frio...
Um carinho...
Um ritual
celebrado
em abril...
Frescura
juvenil
de uma pele
em flor...

sábado, 17 de fevereiro de 2018

A Vida é pra gente fazer!




A mão que toca a mão
é luz que espalha luz,
olhar de gratidão!
A mão que faz o pão
é sal que,
em grão cristal,
tempera a criação!
Asas azuis...
flores de vento colher,
milhares de emoções
percorrer...
Vagões de cores
nas estações...
Lares e amores,
bares e canções...
tudo pra gente entender
que a vida
é pra gente fazer!

O sol que aquece o chão
é dom que espalha dom,
som de transformação!
O anzol que fisga o arpão
liberta-se do mal,
sinal, contradição
Ondas azuis...
peixes de rede colher,
centenas de faróis
compreender...
Paixões e dores
nos vagalhões...
Antenas, torres,
amenas visões...
tudo pra gente entender
que a vida
é pra gente fazer!

Em Cristo...



Tua dor é nossa
deixa-nos partilhar
dela!
Somos irmãos
na fé
professamos
a mesma paixão
e o mesmo Senhor!
Contigo somos
crucificados
deixa-nos ao menos
te ajudar
a carregar
a cruz!
Deixa-nos
oferecer-te
o linho
para enxugar
teu suor
e teu sangue!
Permite-nos
tocar este mistério
e te ofertar
algum alívio...
Estamos vigilantes,
orantes
em teus momentos
de angústia
e aflição!
Tu foste escolhida,
nós somos pura acolhida!
Tua dor é nossa!
Nosso Amor é teu!
A nova e eterna aliança
que Ele mesmo prometeu!
Somos irmãos em Cristo!
Nas chagas e nos espinhos...
Nas quedas pelo Caminho!
Na agonia da cruz!
Deixa-nos tocar
esta tua dor luz!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Oração sem pretensão




Onde não
se encontrarem
palavras,
que eu seja gesto!
Quando não
se descobrirem
ações,
que eu seja olhar!
De onde
se esperarem
ideias,
que eu seja paz!
Quando não
forem possíveis
soluções,
que eu seja amar!
Que minha oração
seja dia
na noite
dos que sofrem!
E minha presença
seja sol
na escuridão
dos que têm frio...
Que meu silêncio
possa embalar
os que tem
insônia e solidão...
Que minha voz
possa navegar
os mares distantes
do mais gélido coração!
E antes
que julguem
e condenem
minha pretensão...
Que isto só seja
possível
se eu merecer
ser chamado
de cristão!

Códigos cifrados


Onde nossas lágrimas e sorrisos
marcaram encontro,
águas brilhantes jorram sem aviso
no quebra-cabeças que desmonto...
Códigos secretos que nos deixam tontos...
Sonhos não decifrados nos acordes cifrados
de uma canção silenciada...
Encruzilhada entre velhas e novas estradas...
Dúvidas sobre as próximas primaveras...
Futuro entregue às cegas...
Sonhos renovados, fé lapidada!
Indignação silenciada...
Inspiração antenada...
Endereçada pra onde
nossas lágrimas e sorrisos
marcam encontro
toda vez que é preciso!
A brisa e a estrada,
os sonhos e os chamados,
os provérbios todos prontos
muitos deles guardados...
A falta de cuidado
o susto, o custo, 
a voz ecoa no ponto...
Personagens
ensimesmados,
inexplorados
descontos...
Na liquidação de gente,
a promoção do inusitado!
Quem conta um conto...
poderia muito bem
permanecer calado...
Lá, onde
nossas lágrimas e sorrisos
marcam encontro
sem nenhum aviso!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Espectros da Natureza (outro instantâneo de Grimm)



Raízes submersas
imersas matizes
demônios às avessas
rompantes, deslizes...
O fogo incendeia o céu
a água arrefece o inferno
o susto de quem tira o véu
no justo espaço entre o verão e o inverno...
Entre o bem e o mal
galhos retorcidos
fim de carnaval
festa dos sentidos
A queixa é um sinal
a deixa da folia
açúcar sobre o sal
sem número de guias
Como se contrapor à criação,
diante de tanta beleza?
Protestos de uma exclamação
Espectros da natureza...

Coração de mãe




Coração de mãe
que sente a dor
da filha...
milagre, maravilha,
ilha solitária,
solidária inquietação...
Sintonia
a cada dia,
a cada passo
da paixão!
Quantas espadas
ferindo seu coração...
Mas na casa de Betânia,
Jesus se sente bem!
Há Lázaros a ressuscitar,
há Martas a direcionar,
há Marias a admirar...
Ali Jesus sorri e chora,
espera e ora,
sofre e se renova,
cumpre seu deserto
sem vacilar...
E a mãe,
tocha a queimar de Amor,
ilumina cada recanto
sombrio de dor
com sua fé!
Permanece de pé,
junto à cruz da filha
e, quando desaba
na solidão de seu quarto,
revive as dores do parto,
as dores da própria Vida!

O adernar de um dia (mais uma foto brilhante de Grimm)


Seria um dragão
cuspindo fogo
ou um tubarão
fazendo seu jogo
de predador voraz?
Distante do enquadramento
posso adivinhar
uma presença de paz...
Pomba ou gaivota?
Enquanto a
gigantesca nuvem
trota nos campos
de vento,
o mar espelha
o momento
e tira onda...
Onde está
a diva
do tal dragão
ciumento?
Será a isca
do tubarão
violento?
Quem será
que tudo sonda
além das
montanhas
de luz?
Os pálidos azuis
de um fim de tarde
que arde,
profetizando
alguma cruz?
Ou seria
apenas
uma enguia
em busca
de alimento,
regogitando
um cardume
de baiacus?
Quem poderia
precisar
este evento?
Quem se atreveria
a decifrar
estas formas?
Enquanto
o fim do dia
adorna
a tela
desta aquarela
natural,
a luz lentamente
aderna,
decodificando
algum sinal...

O Anjo Nuvem (sobre outra foto de Grimm)


A luz revela um anjo
nos contornos flutuantes
de nuvens douradas...
Um tapete se estende
sobre as águas,
seria o sopro
desta visão alada?
A sombra irradiada
rasgando o céu,
emoldurando
uma auréola
iluminada,
revela perfis
de criaturas
ajoelhadas,
em reverência
à luz que tudo guarda!
O horizonte
repleto de moradas
é uma ponte
entre as aguadas
das ondas
e das nuvens...
O fim do dia
é início de jornada
no tênue clarão
de uma quarta
de cinzas
tão dourada!

Quarta feira sem cinzas (sobre uma foto de Beth Grimm, colega e amiga)



Como chamar
esta quarta de cinzas,
com um amanhecer
tão deslumbrante?!
Lua e Sol
namorando na praia
na exatidão
de um instante!
Nuvens coloridas
abraçando
as silhuetas perfeitas
de coqueiros ao vento
e o vasto oceano
tocando o olhar
por trás da lente,
puro sentimento!
Como chamar
esta quarta de cinzas
se a beleza
resolveu desfilar
pela Vida?
Chamou a natureza
de avenida
e, nua,
chamou a lua
pra porta-bandeira
e o sol pra mestre sala...
A comissão de frente
de espumas brancas
abre alas
e pede passagem
pra poesia brindar
com a paisagem!!!
Quarta-feira
sem cinzas,
numa imagem!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Das coisas de Deus...




Hoje eu não deveria estar em Salvador. Deveria estar viajando a trabalho para os lados de Sobradinho, com meu primo Dado( de Cris) daqui do GF.
Mas por uma e outra situação acabamos por ter que adiar esta viagem.
Ainda assim estivemos juntos pela manhã para ver outro cliente.
E de lá fizemos um pequeno tour por Salvador a fim de viabilizar algumas soluções para ele.
Depois de um pulo em Lauro de Freitas e outro na Calçada, como já havia passado a hora do almoço e estivéssemos próximos a Nazaré,sugeri que almoçássemos no Armazém, um restaurante no bairro da Saúde que tem uma comidinha caseira bem bacana, da famosa Dona Zizi.
Para minha surpresa Dado não conhecia o local e lá pudemos saborear os deliciosos pastéis e o famoso Filé da Casa, além do ótimo astral de quando estamos juntos.
Ao sairmos, perguntei a Dado se ele conhecia a Casa da Providência e a Igreja de N. Sra das Graças, bem perto dali.
Diante da sua negativa convidei-o a conhecer um dos locais, na minha opinião, mais bonitos de Salvador. E ele topou!
Lá chegando fomos muito bem recebidos por D. Suzana que fez questão de apresentar a casa a Dado.
Pessoalmente ela correu conosco o complexo antigo, cuja construção data de 1855, chamando especial atenção para os banheiros em tamanho infantil, todos revestidos em azulejos portugueses, o memorial da Casa da Providência com suas peças e movelaria únicas e, finalmente, a igreja de N. Sra das Graças, um belíssimo exemplar de arquitetura religiosa em estilo gótico, talvez um dos templos católicos mais charmosos e bonitos de nossa capital. Infelizmente muito pouco conhecido pela grande maioria da população.
Arquiteto de formação, Dado se encantou com o local, aliás isto acontece com todo mundo que levo até lá. E, após agradecermos a acolhida e oferecer nossos serviços voluntários para qualquer ajuda (A Casa da providência atende crianças e idosos, ajudando na sua formação e amparo), estávamos já do lado de fora, entrando no carro, quando aparece Joana de Maurício(GF) e nos pergunta o que estávamos fazendo perdidos ali. Explicamos que eu estava apresentando a casa a Dado e ela nos perguntou se tinham nos levado até o espaço do Abraço a Microcefalia. Respondemos que não, que era novidade pra nós que o projeto estivesse ali. E voltamos com ela pra fazer um novo tour, agora no espaço reservado à missão que Deus inspirou Mau e Joana a levarem em frente.
Só então fez todo sentido estarmos, eu e Dado ali. Providência dEle!
Nossos irmãos estão fazendo um trabalho lindo lá, silencioso e abrangente, acolhedor e muito especial. E estão precisando da gente!
Dado já se sentiu tocado pra ajudar na revitalização de um espaço. Ou seja, mão de obra a gente já conseguiu. Falta o material!
Pessoal é muito tocante a graça que Deus trouxe às vidas de Mau e Joana, através de sua filha Gabi. E é maravilhoso ver a quantidade de mães e de crianças que tem recebido esta graça de forma multiplicada através da missão que amorosamente eles abraçaram..
Como eu disse no início, hoje eu não deveria estar em Salvador. Nem eu, nem Dado. A providência dEle nos fez ficar e nos direcionou para lá e nos fez encontrar com JÔ!
E além de ajudarmos Jô e Mau  neste projeto inspirado por Deus, ainda surgiu a possibilidade através de Mané e da Pastoral do Turismo Religioso, de inserir este local abençoado num dos novos roteiros que a Pastur lançará em 2018!
Partilhando com vocês e pedindo que quem se sentir chamado a abraçar também esta idéia entre em contato com Joana e Maurício daqui do GF!
E que Deus seja, por tudo, sempre louvado, nos fazendo, em nossa pequenez, instrumentos de sua graça.

Uma fábula fabulosa (A Fred, Elsinha, Virginia, Tonico e Rogério)




Vindo de terras distantes, o caçador de lembranças conseguiu a façanha de reunir na mesma mesa, anos depois, chapeuzinho vermelho, a vovozinha, o velho lobo, a mosca e o poeta!
Dividiram um prato de sol, enquanto se iluminavam com a festança das recordações...
Em certo momento, Chapeuzinho sempre preocupada copm o bem estar de todos, filosofava sobre a importância de se buscar o equilíbrio, sempre! E partilhava algumas de suas receitas!
A vovozinha, por sua vez, se dizia adepta a ações mais definitivas e encantava a todos com sua sabedoria sempre jovial!
O velho lobo, ainda em forma, embora interessado nas guloseimas sobre a mesa, várias vezes deixava os olhos derreterem algumas lágrimas de sua emoção cristalina!
A mosca, que chegou um pouco atrasada, observava tudo em vôos muito seus, absolutamente antenada...E de vez em quando soltava um zumbido preciso, cirúrgico, que a todos contagiava...
Ao redor da mesa partilharam alimento, lembranças, sentimento, abraços, esperanças, palavras...
O coração do poeta tudo guardava...
O caçador tomou a palavra e contou um pouco de suas histórias no reino distante onde habita!
O Lobo falou de suas glórias, de seu exercício pontual como eremita... O lobo atualmente está só, querendo ser apresentado a uma loba bonita!
Chapeuzinho vibrou, já querendo apresentar ao lobo alguma amiga!
A mosca se interessou pelo assunto, sempre daquele jeito de se interessar como quem não liga...
A vovó, cheia de preocupações, trouxe novas emoções à mesa: falou sobre filhos e netos...
E os olhos de todos brilharam ainda mais, falando de suas crias...
Dividindo experiências sobre o intenso desafio de criar, de cuidar, de formar, sem nenhum manual de instruções para ajudar...
E, através dos seus filhotes, aquele grupo, tão original quanto improvável, encontrou nos portais do tempo uma janela para a juventude que dividiram um dia...
Era a sobremesa que faltava...
Doçura de bem-querer de gente que se encontrava todo dia para aprender junto!
Outros personagens, vários deles, de repente passavam pela mesa, entre memórias e comentários, numa ausência física por todos lamentada...
E o poeta se perguntava quantos milhares de assuntos ainda caberiam naquele paraíso, de tanta beleza e amizade...
Mas o tempo passava e chamava todos a seus deveres, seus afazeres...
O Caçador de lembranças foi intimado pelo filho a uma nova aventura sonhada!
Chapeuzinho e a vovozinha, graciosamente se despediram, heroicamente se dividindo como profissionais, família e donas de casa!
Na mesa, por mais alguns instantes, ficaram a mosca, o lobo e o poeta, repartindo experiências acumuladas...
Experiências sofridas, integralmente partilhadas!
Na mesa uma salada de novas emoções entre informações guardadas por gerações...
Opiniões trocadas, sugestões, lições de vida e de estrada!
Novamente juntos numa sala de aula, desta vez na escola da vida!
Tempo de ir embora, hora da partida, saudade e alegria no fim de uma tarde abençoada!
A realidade e suas fabulosas fábulas do dia a dia!
Até um outro dia, na intercessão de nossas estradas...
 

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Gualberto olhando o mar!




Gualberto olhava o mar, além dos sonhos...
Nenhum dos dias em que estivera ali, fitando o por do sol, fora capaz de lhe revelar as respostas que queria...Seus sonhos sim, principalmente aqueles recorrentes que faziam Gualberto ir além de si, de seu próprio cativeiro!
Aqueles sonhos lhe mostravam o lugar pra onde ir, faziam-no sentir-se inteiro!
Mas era um lugar que ele sabia, mas não conhecia...
E o sonho virava pesadelo...
Então, no seu desespero, Gualberto voltava ao mesmo lugar e olhava o mar...
Todo pôr de tarde, fazia questão de se transformar em clandestino de algum cargueiro, na sua imaginação de passageiro...
O mapa de seu tesouro era o olhar...
Um dia ele encontraria seu paradeiro!
Até lá Gualberto se contentava apenas em olhar o mar!

Sambinha da Treta



De quem foi o IP,
me diz,
o IP desta treta
que assinou
"Os Erros de Luís"
como a Marieta...

Quem souber o IP
me diz
Dá uma de cagueta
quero o IP do
"desinfeliz"
que causou esta treta...

Se alguém
encontrar quem foi
me avisa ligeiro...
se alguém
processar quem foi
quero ser o primeiro!

Nostalgica mente




Som de algum lugar
de dentro de mim
cheiro de além-lar
quintal sem jardim

Água escorrendo
do beiral de uma varanda
Chuva prometendo
só parar lá pra semana!

E a canção
que guardei
por tanto tempo
nem o vento
fez o coração
lembrar...
A canção
que aliviava
o meu sofrimento
com o tempo foi
chover noutro
lugar!

Voz de algum luau
praia que esqueci
grãos de areia e sal
versos que escrevi

Onda modelando
os corais de uma enseada
Mãos acarinhando
palmo a palmo a namorada

E a canção
que guardei
por tanto tempo
nem o vento
fez o coração
lembrar...
A canção
que aliviava
tanto sofrimento
com o tempo foi
chover noutro
lugar!

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Marina entre paredes - Um conto além das redes(Para Let Didier)




Entre paredes estava Marina.
Entregue a cada sentido, a moça confirmava:
-"As paredes têm ouvidos"...
E então se calava!
Mas Marina, entre as suas paredes, muitas vezes se esquecia e falava...
Sem censuras ou travas, Marina desabafava com o celular entre as mãos e assim urbanizava suas mazelas de então...
Engraçado é que Marina não se queixava...
Apenas abria o coração com suas impressões sobre tudo...
Calar e falar eram escudos!
Ou seriam exercícios e estudos desta matéria que é a Vida?
Ah, sua Vida querida...
É que Marina via tão além de tudo...
Sua imaginação a levava...mostrava caminhos que ela já adivinhava muito além das paredes...
Suas amigas a admiravam...Compreendiam a sua sede...
Entre as paredes...
Haviam também as janelas...
Dali Marina fitava olhares onde nunca havia estado, lugares que jamais havia sonhado...
Eram aquarelas que ela pintava em suas próprias paredes...
E ali ela as guardava...
Entre as paredes ficava Marina.
E dali ela gostava...
Era o ponto onde o mundo se mostrava a ela, sem nenhum risco...
Uma torre onde se enclausurava e protegia seus olhos de todo e qualquer cisco...
Suas janelas lhe ofereciam o mar, as nuvens, a lua!
Multidões de uma só pessoa na rua, que o seu olhar pescava sem anzol...
Nestas horas Marina se sentia sua...
E era grata às próprias paredes...
E reluzia como o sol!
Mas, às vezes, Marina fechava as cortinas...
A luz lhe incomodava, a paisagem lhe cansava, as pessoas sugavam sua energia...
Nestes dias não havia cristão que fizesse Marina mudar de opinião.
Simplesmente não socializava!
O pai conversava, a mãe dialogava, as amigas convidavam e Marina dava de ombros e se entrincheirava na sua masmorra habitual...
Um auto-exílio abissal!
Só que as paredes também lhe ofereciam um espelho...
Diante dele, Marina também se transformava, se sentia duas!
Sozinha, passava um batom vermelho, usava vestidos decotados, camisolas transparentes, sutiãs rendados, imitando aquela gente que passava por sua janela com o cabelo arrumado...
Marina então fantasiava...
Um Príncipe, um herói, um guardião lhe esperava?
Diante de si mesma, Marina se despia sem sentir-se nua!
E então, sem saber porque, ruborizava...
Nestes momentos, largava tudo, colocava suas roupas habituais, bem mais comportadas e novamente mergulhava na sua imensidão sem palavras...
Seu sorriso silenciava toda ilusão!
E a Vida passava sem pressa por suas razões e impressões!
E Marina não se deslumbrava...
Até um papel em branco chegar em suas mãos...
Só então Marina se libertava!
Em sua solidão muito bem acompanhada, Marina desenhava sua inspiração!
Se desconectava do resto e se conectava com suas paixões!
Embalada por suas canções favoritas, Marina se via, bonita, sem mais explicações...
Mais que em suas paredes, suas janelas, seu espelho, num simples pedaço de papel Marina se transfigurava!
E a felicidade brilhava, estampada, em sua satisfação!
E ali Deus habitava... Ali era local de oração!
Seu desenho comunicava a força de sua expressão!
Naqueles momentos sagrados, entre as paredes do seu coração, Marina enfim se encontrava com a própria criação!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Muito mais que tolerar, se importar!



Olá, você aí, católico assim como eu,
o que voce acharia se pessoas de outra religião
começassem a postar nas redes sociais mensagens
ridicularizando a sua fé?
Mensagens insinuando ser de um primitivismo tosco
se acreditar que o Filho de Deus foi um carpinteiro
de Nazaré...
Mensagens ridicularizando o fato de tanta gente
se reunir em torno de um altar acreditando que
este Deus está vivo num pedaço mínimo de pão
e numa pequena dose de vinho..
Mensagens afirmando que as pessoas que professam
outra religião não podem participar de uma missa
pois estarão traindo a sua própria...
Reflita por alguns instantes...
Como você se sentiria?
Com toda certeza não muito bem...
Então que tal se colocar no lugar do outro?
E ao invés de postar mensagens ridicularizando
a fé numa sereia, considerando poluição do mar
o que para muitos é ritual sagrado de oferenda,
julgando e condenando os católicos que por este
ou aquele motivo estão presentes em algum ritual
destes, como se fossem traidores de sua própria fé,
porque não, ao invés disso, simplesmente respeitar
o outro, seja ele católico como você ou não,
do mesmo jeito que gostaria que lhe respeitassem?
Mesmo que não tenha sido sua intenção,
publicações como as que temos visto no Dia de Iemanjá
só transmitem intolerância e desrespeito.
Pense a respeito, antes de postar, curtir ou compartilhar
uma mensagem que possa parecer preconceito...
A paz, a fé, a esperança e o Amor agradecem...
E não, eu nunca fui a uma festa de Iemanjá...
Talvez por falta de oportunidade, talvez por não me identificar...
Mas acho bonitas as imagens que vejo sem qualquer julgamento!
E se você quer um testemunho, uma vez, convidado por um amigo irmão
fui com minha família a um culto batista na igreja em que ele frequenta
e lá me senti entre irmãos, como gostaria que qualquer um daqueles que
me receberam tão bem na sua igreja se sentissem na nossa!
Em nenhum momento me senti traindo a minha fé,
em nenhum instante ninguém deixou de respeitá-la!
Ganhei um amigo Pastor a quem muito admiro.
Um Pastor que admira o terço e ama Maria.
Como diria São Paulo, "Há a fé, a esperança e o Amor.
Mas o Amor, este, será sempre o maior de todos!" 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Trindade em flor (sobre um bom dia inspirado de Mané)




Lua, Sol, Eucaristia...
Três círculos de puro equilíbrio e energia!
A lua e a energia das marés,
das ondas e dos mares,
inspirando paixões e poesias,
entre o brilho dos quasares...
O sol, energia da luz e calor
no nosso dia a dia...
Astro que dá bom dia
aos lares por suas janelas
e boa tarde ao céu
com o seu pôr de aquarelas...
A Eucaristia é a energia do Amor,
o círculo do equilíbrio perfeito
entre criatura e criador...
É energia de alimento,
mistério de sacramento,
presença do meu Senhor,
nova e eterna aliança
de meu sustento!
Lua, Sol, Eucaristia...
Trindade de um mundo em flor!