Bem vindo(a)Você que chegou até aqui, sabe-se lá porque,receba um trago de poesia pra saciar sua esperança. Esta "choupana" oferece pouso a seus ideais. Fique à vontade. Não sei se vai achar nada demais. Mas se ao fechar a página, estiver mais leve, terá valido a pena! Pra onde você irá depois será um grande mistério Mas um pouco de mim vai te acompanhar e um pouco de você ficará. Gratidão por sua passagem.Vai com Deus! Todas as portas e janelas continuarão escancaradas, aguardando a sua volta!
sábado, 30 de setembro de 2017
Sobre escaladas e alpinistas
Em várias escaladas, muitos alpinistas têm desistido no meio da subida, se perdido ou até mesmo perdido as próprias vidas por não focarem no essencial...
É preciso sentir-se preparado para enfrentar qualquer montanha. É fundamental ter o foco no patamar que se deseja alcançar! O resto é acreditar! No próprio preparo, intuição e na força que move seus objetivos! Porque, por mais que se planeja e se prepare, é quase certo que o alpinista encontrará, em sua escalada, o desafio do inesperado! Diante deste desafio não há planejamento que resista.
O inusitado faz você quebrar normas impostas, quando não existem alternativas dentro delas.
E na coragem de fazer diferente pode estar a própria sobrevivência do alpinistas e de muitos que virão depois dele. Uma mesma encosta, de uma mesma montanha, trará milhares de desafios diferenciados aos mais intrépidos alpinistas que ousarem desafiá-la. São centenas de milhares de milímetros de rocha agrupada...E há também os imprevisíveis fatores externos e internos... Os ventos repentinos, a chuva não prevista, o frio ou o calor, os deslizamentos, os movimentos bruscos de algum outro alpinista, o coração acelerado, os sustos, a vida animal inesperada, a natureza selvagem, o instinto de sobrevivência, a frustração, a dor, a câimbra, a desmotivação, o cansaço...
Contra o imprevisto há apenas duas opções válidas: a decisão acertada ou a errada!
E aqui entra a questão do imponderável... Entra a história de acreditar que quando o corpo falha, o que resta é acreditar na grandiosa força do espírito! É aquela coisa de fé! De se saber no caminho,
de acreditar que é possível, de confiar no invisível, no indivisível!
A receita de uma boa escalada, se ela existe de fato, é equilibrar as normas essenciais de segurança e ousadia de escolher o próprio percurso, aquele que se adapta a tudo o que você acredita ser preciso para chegar onde deseja. Riscos? Sempre existirão! Mas ninguém pode substituir sua intuição e sua decisão sobre como e por onde escalar! Grandes tragédias do Alpinismo se deram quando alguém resolveu ter a pretensão de controlar tudo e se aventurou pela montanha como se ela fosse propriedade sua...Grandes tragédias também ocorreram, quando alpinistas se preocuparam tanto com as normas e regras, que se tornaram incapazes de agir diante do tal "imponderável desafio do imprevisto"! Como diz Saint-Exupéry, "se ao escalar uma montanha na direção de uma estrela, o viajante se deixa absorver demasiado pelos problemas da escalada, arrisca-se a esquecer qual é mesmo a estrela que o guia"... Diante da inexplorada montanha da vida, todo alpinista deve se perguntar, antes de iniciar sua subida: "Qual é mesmo a luz que me guia?"
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
A Deixa...
Deixa arder
seu coração
diga sim
à aventura
de se levar
pela emoção
para buscar
as alturas
Sinta o sopro
do Espírito
lembre, o melhor
ainda virá
Deixa o Amor
elevar sua luz
Faça a paz
se espalhar!
Solte
seu sonho
multiplique
o pão
volte ao
seu ninho
contagie
o irmão
Dos pés
à cabeça
seja
oração
deixe
pegadas
ofereça
a mão!
Sinta o sopro
do Espírito
lembre, o melhor
ainda virá
Deixa o Amor
elevar sua luz
Faça a paz
se espalhar!
seu coração
diga sim
à aventura
de se levar
pela emoção
para buscar
as alturas
Sinta o sopro
do Espírito
lembre, o melhor
ainda virá
Deixa o Amor
elevar sua luz
Faça a paz
se espalhar!
Solte
seu sonho
multiplique
o pão
volte ao
seu ninho
contagie
o irmão
Dos pés
à cabeça
seja
oração
deixe
pegadas
ofereça
a mão!
Sinta o sopro
do Espírito
lembre, o melhor
ainda virá
Deixa o Amor
elevar sua luz
Faça a paz
se espalhar!
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Oração por sua Vida, Amor! (A Dora, minha companheira de Caminhada, em celebração por sua vida!) Viva 29 de Setembro!
Ao criador,
agradeço tua Vida,
tua ascendência
e também o fruto
bendito de teu ventre!
Pelo redentor,
reconheço o
teu Caminho,
a tua Caminhada
e o amor tão bonito
por você em meu peito!
Ao consolador
ofereço tua luz,
tua inspiração
e a oração que agora
arde em meu coração!
À Senhora do Amor
o louvor de um terço,
pela tua existência,
pela tua Verdade,
pelo teu Amor e Amizade
muito além do que mereço!
Todo dia é seu!
Hoje faz parte do tempo
de ação de graça
pelo privilégio
de ter você ao meu lado!
Obrigado!
Sobre humildade e vangloriação
Não saiba
a tua mão
direita
a ajuda
oferecida
pela esquerda...
O anonimato
é a atitude
mais cristã!
Chamar atenção
para os próprios
gestos de
misericórdia
é um atestado
de contradição!
Não saiba
o teu olho
esquerdo
sobre o olhar
caridoso
do direito!
Ou dos atos
da sua própria
compaixão...
Tocar as
trombetas
sobre os
proprios
feitos
só mostra
o quanto
és imperfeito(a),
o quanto
necessitas
de perdão...
Sua recompensa,
você mesmo(a)
deu um jeito,
de receber
à vista de todos,
aqui na Terra,
durante a sua
peregrinação!
Não saibam
teus ouvidos
dos frutos
produzidos
pelo teu
coração...
A humildade
é uma virtude
precisa...
Necessária
profissão
de fé,
quando
silenciosa
e verdadeira!
Uma esteira
onde se deitam
o serviço
e a abnegação!
A humildade
é o antídoto
contra a
competição!
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Oração da Verdade
Senhor,
no silencio
deste ciclo
que se vai,
eu te peço
paz interior
e muito amor
para perdoar
a irmã falsidade
e o irmão interesse...
Que minha silenciosa e
anônima oração,
encontre estes irmãos
que vagam perdidos
e os conduza de volta
aos Caminhos
da Verdade e da Vida!
Amém!
Caminho, Verdade e Vida!!!
Já dizia Jesus,
enquanto a Verdade é dita,
quem tiver ouvidos para ouvir
a guarde no coração...
Ele deixou
as pegadas no Caminho...
Quando todos os sentidos
fazem em nós o seu ninho
fica bem clara a direção...
Mas quando só existe razão,
ego e emoção exacerbada,
a jornada fica pesada,
perde-se o tato, o olfato,
a visão, o paladar e a audição...
Nada se percebe,
nada se interioriza,
nenhuma crítica se recebe,
todo contraponto encoleriza...
A palavra de um amigo
deixa de ser abrigo
e vira provocação...
Nas intempéries da ilusão
de quem só está olhando
o próprio umbigo
tudo provoca
má digestão...
Já dizia Jesus
tome sua cruz
e encare a Vida!
Faça valer seu pedaço
de pão, seu abraço,
sua mão estendida,
seu passo, sua pegada
no chão!
Verdade,
Caminho,
Vida!
Qual é
mesmo
a sua
missão?
Qual o papel
da humildade
perdida?
Da gratidão
esquecida?
Quanto fere
a dor de
um pedido
de perdão?
Considerações...
Não afirmações...
Interrogações...
Pontos de ligação!
Para reflexão!
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
BUSCANDO AS ALTURAS - Só uma coisa importante: viver à altura do Evangelho de Cristo. FL 1,20-27
Amar...
Incondicionalmente Amar!
Não deixar a razão contaminar o Amor!
Não deixar a emoção contagiar o Amor!
Simplesmente Amar!
Amar é um aprendizado com dor...
Chagas abertas em nossa pequenez...
Amar é esvair-se em plenitude!
Palavra e atitude em permanente louvor!
Amar é trilhar o caminho de espinhos,
vencido por Nosso Senhor!
É buscar as alturas de seu Evangelho de Amor!
Amar plenamente!
Se deixar sangrar...
Humilde e mansamente!
Cordeiro a se entregar!
Vida a se sacrificar...
Voluntariamente!
Amar...
Imensamente e em movimento!
Como o mar!
Tocar e abraçar a areia,
acolher e respeitar o vento!
Nuvens, ondas, horizonte, firmamento!
Fé a se afirmar!
Amor a se firmar...
Ser templo!
Portas e janelas abertas,
verdades e opiniões desertas...
Amar é prescindir de qualquer direito...
Desafio permanente para um ser imperfeito...
Tantas vezes tentado a "se achar"...
Achar...
A trilha, o rumo, o leito...
A vista do ponto, o ar rarefeito...
o tempo do encontro, o espaço, o lugar!
A Palavra que fará arder o peito!
O instante preciso para mudar!
A prece, a oração, o contemplar!
A messe, a ação, o transformar!
O sim, a redenção, a cruz que aceito...
Amar é ajudar Jesus a carregar!
Boas vindas 17 EGF
O cruzeiro acabou, agora é Terra firme!
Renovados no Espírito, somos chamados a fazer diferença num mundo carente de Amor!
Nossa família tem este carisma, este dom!
Inspirados por um olhar"Violeta", aquecidos por uma "Tocha" Gisa, cada um se faz serviço, transbordando gratidão!
Outros cruzeiros virão...
Outros "sims" e outros "nãos"...
Ah, se fosse fácil ser cristão...
Se fosse fácil entender e experimentar que "só uma coisa é importante: viver à altura do Evangelho de Cristo!"
Jesus que tem todos os dons, "nunca foi um caçador de virtudes, mas um caçador de corações!"
E nos pediu para ser pescadores de gente, não de perfeição!
A perfeição só está em Deus!
E Ele é tão perfeito que quer carregar nossos defeitos e nos ajudar com nossos fardos!
O Cruzeiro acabou, agora é Terra firme!
É olho no olho, mão na mão, amor e fé aquecendo o coração!
É sim diário, é missão comum, é comunhão!
Cada um de nós foi convidado para ser operário em construção!
Para sempre somos da mesma família!
Maravilha da redenção, da transformação, da transfiguração!
Dias de canto e encanto...
Dias de dom, de gente se amando!
De volta às nossas casas, que mantenhamos as asas que nos fizeram flutuar...
"Ai de cada um de nós, se não evangelizar..."
Dentro de nossas famílias, nos nossos trabalhos, entre nossos amigos!
O desafio está lançado, o caminho traçado, agora é só seguir!
Embalados e unidos por uma grande certeza:
"O melhor, ainda está por vir!"
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
Primaverão (com Lú Viola)
Deixa o Amor
florescer
vamos juntar
fé, serviço e ação
pois quando o
sonho é comum
nós juntos
somos Primaverão!
Um Festival de Amor
uma mistura
de gente e estação
Onde quem brilha
é a luz do Senhor
comunidade em
pura Ascensão
Deixa o Amor
se expandir
pois ser entrega
é ser cristão
Felicidade
e serviço comum
juntos em Deus
somos Primaverão!
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
Profissão de fé!
Não adianta insistir,
não quero competir,
sou da turma que soma,
que partilha, que acredita
na força de um grupo
acima da própria opinião...
Não há razão
pra provocações
quando existe unidade...
Não há motivo
pra competições,
quando se abraça
uma verdade!
A coerência
é um desafio
cristão!
O chamado
é servir junto!
Não ser servido
apenas,
não só servir...
Não adianta insistir,
não vale à pena,
não há porque querer
roubar a cena,
quando se sabe
o próprio papel...
Liderança e respeito
se conquistam...
E também se perdem...
Só jogar pedras
é arte dos que palpitam,
dos que criticam
fatos e regras
mas não se comprometem
com o que precisa
ser feito...
Deveres e direitos...
Seres imperfeitos
afeitos a tantos deslizes...
Não adianta insistir,
nunca seremos felizes
agindo assim...
Isso nunca vai ter um fim...
Por que não contribuir
ao invés de competir?
Por que não dar
o primeiro passo?
Por que insistir
em manter o controle
e fugir do abraço?
O traço final
sempre será de Deus!
Não cabe a nós
o que pertence
a Ele!
Temos que confiar
mais no Espírito!
Temos que acreditar
mais no outro!
Isto também
faz parte do nosso credo,
da nossa profissão de fé!
Temos que ser,
de fato, família...
Chega de competição...
Basta de imposições...
Que sejamos mais
oração, união,
amor verdadeiro,
grupo, família!
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
O Muro da Paz
No muro da paz
cabem todas as raças,
cabem todos os credos,
sobram bençãos e graças,
somem todos os medos...
O muro da paz
não tem segredos!
Ele é pintado de ideais,
traz os traços da verdade,
os rostos da coragem
prova que é possível, sim,
transformar sonhos em
atos reais!
No muro da paz
cabem todas as línguas,
cabem todas as cores,
cabem todas as artes
e todos os amores!
O muro da paz
não tem mistérios!
Ele é ministério
da esperança!
O muro da paz
é das crianças...
E dos adultos
que ainda sabem ser felizes,
porque não se consideram
nada mais que
simples aprendizes...
No muro da paz cabe tudo!
E ainda sobra espaço
pra mais!
Sobram metros para o abraço
que transforma e transfigura
uma vida!
No muro da paz convivem,
em perfeita harmonia,
a pedra e a flor,
a alegria e a dor,
a magia e a realidade!
E o que há ali por trás,
além dos portais
deste muro?
Há um porto seguro,
um futuro de paz,
construído pela confiança
e pela fé, pelo olhar
carinhosamente oferecido,
pela educação docemente
partilhada!
Além do muro da paz
há um recanto onde a Vida
dá as mãos à humanidade
e, todo dia, nos convida
a construir dignidade...
O muro da paz é a
outra face oferecida,
o extremo manifesto
da caridade!
Arroubamentos nada divinos
O gesto
impensado,
impetuoso,
desnecessário,
a fuga,
o arroubamento,
o fechamento
em si...
Atitudes
que te levam
pra tão longe
do teu juramento...
Votos e
sacramentos
tão distantes
de ti, que,
por um momento,
na imensidão
de um instante,
te desconheci...
Achei que li
ou entendi errado...
Pois é...
Onde foi parar
o chamado?
Onde foi parar
o sagrado,
tão presente
em ti?
O manifesto
nada arrazoado,
desfigurado,
não combina
com seu discurso
tão planejado
e buscado...
E o que dizer
do retorno
ou da falta dele?
Errar é humano...
Pedir desculpas
é divino!
Perdoar,
mais ainda!
Mas se calar
e fingir
que nada
aconteceu...
Deixar
as coisas
no breu...
Ah, esta doeu!
Que sirva
ao menos
para seu
crescimento,
para sua
afirmação
como imagem
e semelhança
de Deus...
Três Gerações Vieirenses (Crônica para o Livro Ex-Alunos 2 do Colêgio Antônio Vieira)
Filho de pais baianos (Pai Vieirense), mas nascido em Brasília-DF devido à trajetória profissional de meus pais, cheguei de mudança a Salvador em 1974, aos 7 anos de idade. Até então minha experiência escolar se resumia ao jardim de infância e à 1ª série em escolas públicas da Capital Federal.
Ao chegar em Salvador, ainda em período de férias, fomos morar, eu e minha irmã mais velha, Luciana, na casa de uma das irmãs de minha mãe, Tia Léo, casada com Tio Eduardo e cujos filhos estudavam no Vieira, desde sempre uma referência educacional em minha memória. Por causa dos trâmites da transferência de meu pai, ele e minha mãe só viriam para Salvador três meses depois. Eu era uma criança que, até então, só havia morado com minha família em um apartamento, numa cidade toda planejada como Brasília e que, de repente, estava pela primeira vez longe dos pais, morando numa casa em Nazaré, numa cidade onde tudo me parecia muito estranho. O sotaque, a culinária, os hábitos e costumes, tudo aqui era muito pouco familiar para mim. Na primeira vez que cheguei na casa de minha avó materna, por exemplo, me senti um verdadeiro estrangeiro quando ela me disse para ir “arear o dente” no “quarto sanitário” antes da “ceia”. Eu, que costumava “escovar os dentes no banheiro antes da janta”, literalmente fiquei sem saber pra onde ir e o que fazer. Neste período de ambientação soteropolitana, alguns episódios hilários: Certo dia, estávamos assistindo TV na sala quando a mãe de Tio Eduardo, saiu do seu oratório com um turíbulo na mão para incensar a casa. Era a primeira vez que eu presenciava este tradicional ritual baiano. Quase saí correndo quando ela veio em nossa direção. O mico só não foi maior por causa de minha irmã, que segurou minha mão e me explicou que ela só estava rezando.
Chegou a época da matrícula nas escolas. Eu e minha irmã iríamos tentar vagas no Vieira. Minha primeira impressão do colégio não foi das melhores. Era imenso para meus padrões e a quantidade e diversidade de alunos de várias idades me assustou. Eu tinha acabado de concluir a 1ª série fundamental e fui fazer teste para a 2ª. Por causa da diferença fonética à época (LÊ, MÊ, NÊ, RÊ, SI, etc) e por outras diferenças na grade curricular, família e colégio acharam por bem que eu fosse matriculado na 1ª série daqui, para facilitar minha adaptação. Foi difícil me convencer de que eles não estavam me fazendo repetir de ano, mas no final (criança naquela época não apitava mesmo) cedi e aceitei aquilo como o melhor para mim. Assim, em março de 1975, eu entrava pela primeira vez no CAV como aluno, colégio onde fiquei até 1986, no 3º ano do ensino médio.
Do Vieirinha guardo recordações fabulosas de alguns personagens inesquecíveis. Pe. Gino, Pró Lenice de Religião, Pró Márcia do SOE, Pró Graça que descobriu a minha enorme miopia na terceira série (já tinha 7 graus e não sabia). Gente que me acolheu com muita sensibilidade e compreensão. No período do Vieirinha, a presença de minha família na comunidade Vieirense foi muito importante. Logo que regressaram a Salvador meus pais foram escolhidos para presidir a APM, nos tempos em que o colégio era dirigido por Pe. Dionísio e por Pe. Bertoli. Nesta época, meu pai se transformou em técnico de futebol do time da minha sala, tudo para que o “brasiliense perna de pau” fosse se adaptando ao gosto futebolístico de Salvador. Por causa desta sua atitude, quando cheguei ao Vieirão já estava entre os primeiros na escolha dos times dos inesquecíveis e saudosos “babas” do campão. Cinco outros registros importantes da época: a estranheza que sentia ao chamar as professoras de “Pró” e não de “Tia”; a alegria que senti na minha 1ª Comunhão tão bem preparada por Pró Lenice; o orgulho de receber o Diploma de Honra ao Mérito que o CAV oferecia aos que passavam direto; as primeiras amizades que fiz em Salvador, algumas presentes e importantes em minha vida até hoje; as orações diárias de Padre Gino antes das aulas. Aqui cabe outro “causo”: Havia uma palavra que sempre estava presente no momento da reza em frente à Diretoria do Vieirinha. Um dia, rezando em casa com minha mãe, pedi a ela para rezar aquela oração que Pe. Gino sempre nos pedia para rezar: “Bozarta”. Lógico que ela não sabia do que se tratava, mas me disse que iria se informar a respeito. Certo dia, depois de assistir a oração do estacionamento, ela me esclareceu: “Rezar Bozarta” nada mais era que Padre Gino pedindo a cada um de nós para “rezar em voz alta”, com seu pesado sotaque italiano, que misturava as palavras. Anos de gozação lá em casa, meus irmãos até hoje quando lembram me chamam de “Bozarta”.
Do Vieirinha para o Vieirão, grandes mudanças. Um novo período de adaptação. De repente deixávamos de ser os “porretões” da 4ª série no Vieirinha, para ser os “pixotes” da 5ª série do Vieirão, identificados e controlados por uma caderneta que era carimbada todo dia. Tempos de mais responsabilidades, mais matérias, novas turmas, amizades e aprendizados. Do dito ginásio (5ª a 8ª série, sempre turma D) algumas lembranças: Professor Jair e o hino Brasileiro nas Quintas feiras. As aulas de Educação física com Cavalcante, Ivan, Augusto e Jackson, às 6:30 da manhã. O bosque exalando ar fresco e puro. A doçura de Tia Carmem. Os fiscais “empata-baba” Lopes, Telles, Waldir, Balbino, Renato e Moacir. Irmão Pedro e Herculano nos esportes. O inglês de Carmélia e Waldemar. Romero e as Ciências. A pequena grande Gracinha no português. Dirce na matemática. Joanice em geografia. O vozerão de Gregório. A rivalidade com o FUNCAV. E colegas que se tornaram amigos de uma vida inteira. Desta época, uma lembrança inesquecível para quem esteve lá: Para ganhar a Gincana, se não me engano na 6ª ou 7ª série, na última tarefa, de originalidade, a nossa “TURMA D” invadiu o Vieira com o Elefante de um Circo do estacionamento de S. Raimundo. Apoteose no Telheiro! Neste período, a própria vida também educava e formava o adulto que eu viria a ser. No início de 1981, iniciando a 7ª série, meu pai teve um AVC fulminante e faleceu. Nova readaptação. E o Vieira foi muito importante para superar aquele momento, através do grupo de jovens de Pe. João Batista, dos dias de formação no Sítio Loyola, da prática esportiva e do Encontro do OPA, no Sítio São José em Mar Grande. Essenciais para o crescimento de minha fé e meu amadurecimento pessoal.
2ª grau. Anos de descobertas e experiências. Amizades, namoros, preparação para o Vestibular! Como não lembrar do sentimento de liberdade de poder sair do colégio no intervalo, para lanchar a inesquecível meia vara mista da padaria Fátima, os salgadinhos do Andrew´s, saborear a pipoca de “Bahia” ou as coxinhas de “Carlinhos”? Nesta época, verdadeiros mestres que, muito além da matéria que lecionavam, nos ensinavam com profundidade sobre a vida: Zé Carlos, Walter, Miranda, Mª do Carmo, apenas para citar alguns. Tempo de aprendizados, enfrentamentos, manifestações, trocas, crescimento! E um grande sentimento de nostalgia e saudade no último ano como aluno do Vieira no já distante ano de 1986.
Já em 2005, publicitário, casado, minha filha Letícia, saindo da pré-escola, após percorrer alguns colégios de Salvador, escolheu o Vieira para estudar. Novo aprendizado, desta vez como pai. De 2005 a 2015 o Vieira também foi sua segunda casa e a ajudou muito em sua formação humana, espiritual e profissional. Novas amizades feitas com pais de seus colegas e velhos amigos reencontrados. Destaco aqui a alegria de ver, anos depois, Lenice, minha antiga professora de religião como Diretora do CAV e Renato, fiscal na minha época, como Diretor do Vieirinha.
Gratidão e respeito a esta instituição e às pessoas que a fizeram nestes seus mais de cem anos de existência. Muito feliz em participar desta publicação e poder testemunhar o quanto a “Família Vieirense” é grande e forte em nossa cidade e, em particular, em nossa família, com três gerações de vieirenses formadas em seus inesquecíveis corredores. Vida longa ao Vieira!
terça-feira, 19 de setembro de 2017
Os dias eram e são uma bela Caminhada....
Último capítulo de "Os dias eram assim"... Emocionado aqui! Como a trilha sonora tem a ver com o Caminhada! Como o sonho e a fé construíram aquele momento... Um brinde à amizade de uma vida inteira, à irmandade que nos une! Lágrimas de Amor que cada um de nós aqui chorou! Lágrimas de emoção verdadeira, de bem querer profundo, desta mania de buscar transformar o mundo em nome de um Grande Amor....Tudo por causa de um grande Amor! Um brinde a tanta coisa boa que construímos juntos, a tanta coisa boa que criamos juntos, inspirados pelo Espírito Santo da Vida! Os nossos dias eram cheios de luz, de verdade, de esperança, de fé! Irmãos de fé! Amigos, velhos companheiros, a noite fez lembrar vocês...As nossas alegrias, as nossas Caminhadas...Que os nossos dias continuem sendo sempre assim... Temos nosso próprio tempo! Somos tão jovens....Tão jovens...Juntos outra vez...Amo vocês!
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Canção da Vida
Vida
se renova
em mim
prova
seu Amor
em mim
Amor
sem fim
Dono
de toda
criação!
Vida
verso
e prosa
em mim,
tão
maravilhosa
flor,
cor de
jardim,
Dona
de toda
compreensão...
Enquanto
chovem
lágrimas
do céu,
nosso papel
é só moldar
as dobras
do tempo...
Ser avião,
navio,
chapéu,
virar refrão,
estrofe
ao léu...
Deixar-se
ver
milagre
em ser
canção
da vida!
Viola Graduada (A este grande parça, num dia tão importante!)
Tudo o que
se conquista
quita de vez
e à vista
cada parcela
de tempo
dedicada
a crescer!
O sonho
que se rega,
o plano
que se busca,
a vida
que se entrega,
a luz que
nada ofusca...
Luz de
quem abraça
esta misteriosa
e divina graça:
desafio de
brilhar!
Cada degrau
no seu tempo...
Cada bandeira
a seu vento...
O sentimento?
Realização!
A sensação?
De leveza!
Beleza da
criação,
compreensão
da grandeza,
consagração!
A criatura
ampliando
a natureza
de sua própria
dimensão!
Irmão,
que sua
Escalada
se mantenha
firme,
sempre na
melhor
direção!
sábado, 16 de setembro de 2017
Sagrado ou profano? (TELA: O Pecado - Heinrich Losslow)
A arte,
sempre ela,
capaz de
retratar,
em suas telas
e aquarelas,
as incríveis,
absurdas e
nem sempre belas
incoerências
e mazelas
deste ser
dito humano...
Sagrado
ou profano?
Pecado ou
Amor Santo
quebrando
regras?
Quem poderá,
de fato,
assegurar
qual o
encanto
que motivou
uma paixão
tão cega?
Quem pode
mesmo
atirar
a primeira
pedra?
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Partilocação...
Estive presente
em tantos lugares
onde nunca estive,
em tantos encontros
que não participei,
que pra mim
é bem difícil
entender que
alguém duvide
do Amor desse Deus
que nos faz três!
Estive na escuta
de quem aconselhei,
no olhar de quem
um dia ensinei,
nos braços de
alguém que abracei,
nos amigos que
eu cativei,
nas pessoas
às quais eu amei!
Estive no pão
que eu partilhei,
na água da sede
que eu saciei,
no perfume do vinho
com o qual eu brindei,
na mão estendidao
ao peão e ao rei...
Estive passado
em lembranças que fiz,
estive futuro
em algum plano feliz,
estive presente
quando eu me refiz
pra não estar ausente
num momento infeliz...
Estive certo,
estive errado,
estive na hora,
estive atrasado,
estive sozinho
e acompanhado,
estive atendendo
a tantos chamados
que nem sei mais
se estive onde
era esperado...
O certo é que
estive, assim,
partilhado!
Enganos
Misteriosa
força que
lhes move...
Da distância
regulamentar
da própria
bindagem
o mundo real
ganha contornos
de paisagem...
E os amigos
de sempre
são seus
piores rivais...
Misterioso
equilibrio
fabricado,
cuidadosamente
planejado,
num esforço
hercúleo
para manter
o controle
de tudo...
O disfarce
mudo do retorno
não dado...
O firme
propósito
de fazerem-se
de surdos...
Misteriosa
estratégia
de uma
indiferença
previsível,
às vezes
risível
pela
artificialidade...
Qual a capital
desta cidade
que pretendem
governar?
Qual o capital
de vida
investido
neste plano?
E se tudo
for um grande
engano,
onde é que
vocês irão
parar?
Oração contra o egoísmo
Que não seja
somente o interesse
aquilo que lhe move...
Há tanto mais
para ser
uma pessoa melhor...
Que não seja
a necessidade
que lhe faça
se aproximar...
Contatos assim
não criam laços...
Não fuja
de abraços
que são
verdadeiros!
Não há porque
descartar
bem querer
gratuito...
Não há como
transformar
em fortuito
aquilo que
tende à
eternidade...
Não reduza
ou diminua
a amizade
a favores
fugazes...
O tempo
costuma
cobrar
por esta
conduta
impensada...
Há tantos
encontros
numa jornada...
Há tanto nada
numa ilusão
de poder...
O que importa
numa casa
é a fachada
ou o sorriso
sincero
a lhe acolher?
A indiferença
é uma faca amolada...
O egocentrismo
uma espada
que nem seu escudo
irá deter...
Na varanda
do ser,
uma sacada...
Na rua,
iluminada
por uma lua
amarelada,
o tempo corre
em passos
acelerados,
muitas vezes
surdo aos
chamados
dos tantos
que usam
sem reconhecer...
Sobre o que faz mesmo sentido
O que não faz
sentido pra você
tantas vezes faz
todo sentido pra mim...
Não se trata de fazer
o que se deve ser feito
por pura obrigação...
Trata-se de encontrar
o melhor jeito
de transformar
sacrifício
em elevação...
Retirar alegria
do serviço árduo,
transformar dor
em comunhão!
O que não faz
sentido pra você
pra mim é a única
direção...
Retirar do coração
qualquer mágoa,
qualquer complexo
de rejeição,
devolvendo Amor,
o único sentimento
que enxágua,
lavando a alma,
os olhos e o perdão!
O que não faz
nenhum sentido pra você
pra mim é gesto de amor
e superação!
É ser presença
quando não se espera.
é ser primavera
em pleno verão,
fazendo florir
aqui e ali sorrisos
e lágrimas de
admiração!
Nenhuma quantia
compra aconchego,
nenhum dinheiro
paga amor verdadeiro...
A companhia,
a alegria em estar
por inteiro,
é um privilégio
que custa muito menos
do que pode supor
a pequenez
de nossa razão!
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
Contemplativo....
Me deixe
contemplar
os olhos
que falam
de emoções
periféricas,
que choram
ilusões
desnutridas,
que fitam
a tristeza
milenar
da exclusão
das palafitas
e o silêncio
cúmplice
e secular
sobre as
favelas
malditas...
Me deixe
contemplar
a revolta
não dita
de quem
não tem
um lugar
e quando
tem, é um
arremedo
de lar,
de coisas
que não
são nunca
descritas...
Me deixe
contemplar...
O derretimento
deste olhar
tão distante,
lapidar
diamante,
cortando
a luz
em pedaços,
quase
sempre
preto
e branco,
normalmente
sem laços!
Me deixe
contemplar...
Este pedido
silencioso
por um abraço
de pai,
ou um colo
de mãe,
pedido
que não
ousa se
manifestar...
Vagueia
sem se
encostar
por terras
onde ninguém
passeia...
Me deixa
contemplar
as pegadas
na areia
do imenso
deserto
deste olhar...
Minhas
lágrimas
podem ser
miragens,
podem ser
oásis,
um pouso
pra descansar...
Saciar
a sede
de atenção,
a fome
de alegria,
a vontade
de se sentir
humano...
Em algum
plano,
tanto
engano
pode se
transformar....
Em algum
lugar...
No fundo
deste
olhar
perdido,
há algum
sentido
que eu
ainda hei
de contemplar!
Paz amarela
Paz!
De um
amarelo
intenso,
deste
de dourar
a pele
e esquentar
o coração...
Energia
solar,
calor
humano,
de um
bando de
personagens
insanos
no santo
exercício
de amar!
Paz!
De um
amarelo
ouro,
tão
valioso
no seu
ser e
estar,
brilhando
como um
tesouro,
nos ensinando
a abraçar
o ofício
de amar,
por mais
que seja
difícil
de encarar!
"O muro
da Paz "
não tem
fronteiras,
não delimita,
não cerceia,
mas representa
os muros
que excluem
todas as
periferias
do mundo!
O muro
que cai
no segundo
em que
nosso coração
decide
amar!
Um muro
que se
ressignifica,
que dignifica
a humanidade
e acolhe
a verdade
do Amor
e da Paz!!!
Paz,
lembrando
que quando
se trata
dela,
às vezes
o ato mais
corajoso
é, de fato,
amarelar!
Justa homenagem...
Em tempos de leis, tribunais, legisladores e magistrados em xeque, quando interesses pessoais tem contaminado as três esferas do poder em nosso país, chega em minhas mãos uma espécie de bálsamo, um verdadeiro antídoto contra o descrédito geral de um povo em relação a seus representantes nas câmaras e cortes oficiais da nação.
Trata-se de uma justa homenagem feita pela Justiça Federal do Brasil aos seus Magistrados Pioneiros, na comemoração do Jubileu de Ouro de sua implantação no Brasil. Entre os homenageados, alguém que conheci de perto, com quem tive a honra e o privilégio de conviver por inesquecíveis 13 anos e meio e de quem recebi grandes exemplos de honestidade, ética, justiça, fé e Amor: João Augusto Didier, meu saudoso pai!
No ano de 1967, quando ele era nomeado um dos primeiros e mais jovens Juizes Federais, em Brasília, eu também chegava ao mundo naquela que, á época, era carinhosamente chamada de "Capital da Esperança".
Neste tempo de convivência e aprendizado, o pai, o cristão e o juiz Dr. Didier (como era conhecido),
se revezavam na missão de me transmitir para seus três filhos os valores pelos quais, diariamente,
combatia seu "bom combate". Ainda em Brasília, um exemplo marcante de sua conduta ética. Perto do Natal minha mãe recebeu, em casa, um belo embrulho destinado ao Casal Didier, com um conjunto de baixelas de prata. Como remetente, um dos maiores escritórios de advocacia da época. Pouco depois as esposas dos outros juízes (creio que eram seis ou sete na época) ligavam para minha mãe para saber se ela também tinha recebido as baixelas. Mais tarde, ao chegar em casa, e tomar conhecimento do fato, meu pai e minha mãe resolveram ir até a casa do advogado para devolver o presente, alegando não poderem receber aquela gentileza para que meu pai não se julgasse parcial nos próximos casos do referido escritório. O Advogado, lógico, disse não ter nenhuma segunda intenção com aquele gesto, mas entendeu meu pai e disse a ele que estava impressionado com aquele gesto, pois dos seis ou sete, ele tinha sido o único a devolver as baixelas. Era uma questão de foro íntimo, de consciência mesmo.
Aliás, não foram poucas as vezes que vi meu pai tenso, preocupado, com enxaqueca, no árduo e desafiador cumprimento de seu ofício como Juiz federal. Dr. Didier,
por exemplo, foi o primeiro Juiz Federal a dar sentenças desfavoráveis a dois governadores de um certo estado nordestino, que se revezavam no poder e encarnavam a arrogante e nada saudosa figura dos coronéis. Também foi o responsável por sentenças contra intocáveis advogados medalhões que, por sua história e reconhecida contribuição no meio jurídico, muitas vezes se consideravam acima da lei ou incapazes de cometer erros em suas causas. Em todos estes casos, como juiz, seguiu rigorosamente a lei vigente e, imparcialmente, como deve ser, julgou as questões sem olhar a quem. Estas corajosas qualidades de coerência e liberdade de conduta, frutos de uma consciência limpa e comprometida com os seus próprios valores, deveres e com o Direito em si, lhe renderam,
como não poderia deixar de ser, inimizades, perseguições e injustiças. Por outro lado, trouxeram-lhe prestígio, admiração, respeito e verdadeiras amizades em todos os âmbitos de sua vida.
Em Janeiro de 1981, depois de passagens marcantes pelos fóruns de Brasília, Manaus, Fortaleza e Salvador e após consecutivas indicações para o cargo de Ministro no STJ, no auge de sua carreira jurídica e de sua vivência cristã, meu pai veio a falecer, precocemente, aos 48 anos de idade, vítima de um AVC fulminante, no exercício de sua função como Juiz Federal da 3ª Vara do Fórum Teixeira de Freitas, em Salvador- BA, deixando uma grande lacuna em nossas vidas.
Trinta e seis anos depois de seu falecimento, sua viúva, seus três filhos (um deles advogado)
e seus cinco netos (dois deles advogados) continuam celebrando a sua memória e todas as inspirações
que a sua breve, mas marcante, existência lhes deixou como legado.
Em nome desta família, deste legado e dos amigos que meu Pai deixou, gostaria de agradecer esta justa homenagem e parabenizar a todos os responsáveis por esta bela iniciativa que resgata, para a história, a memória embrionária da Justiça Federal do Brasil.
Errantes
Algo
de errado
com o mundo...
Natureza
em fúria...
Líderes
em colapso...
Valores
em desuso...
Pessoas
em descrédito!
A palavra dada
vale tão pouco
nestes dias...
Os acordos feitos
nada significam...
As cabeças
se fecham
em preconceitos
e verdades...
O Espírito
atrofia
na vaidade...
Algo
de errado
com o mundo...
Algo
de muito
errado...
Algo de
imundo!
Homens
e mulheres,
cada um
de seu lado,
não respondem
a qualquer
chamado...
Guetos e
tribos
se avolumam...
Trans, Gays,
Lésbicas,
Bissexuais,
travestis,
Homofóbicos,
Heterofóbicos,
Punks, Emos,
Surfistas,
Skatistas,
Skinheads,
Góticos,
Evangélicos,
Hippies,
Afros,
Yellows,
Ecos,
Nerds,
Cybers,
Cosplayers,
e sabe
Deus
o que
ainda
virá...
Tudo gente...
Corpo e Alma...
Razão e sentimento!
Emoção e Pensamento!
Todos semelhantes...
Algo
de errado
com tudo...
Tudo
de errado
com algo
que ninguém
sabe bem
como definir...
E quanto
mais o
dominante
do planeta
intransigir,
mais seremos
os mesmos
quixotes
errantes,
insistindo
no erro
de nos
iludir...
Parem os
moinhos
de vento...
Parem!
Eu quero
sorrir!
Irmão Irma
Senhor
abranda
a tempestade...
Caminha
sobre as
águas
e enfraquece
o poder
destruidor
dos ventos!
Diante
do tormento
a humanidade
tem medo...
A fúria
da natureza
é a conta
que chega
pela falta
de cuidado...
O Ser humano,
relapso
com o meio
ambiente,
agora sente
na pele,
o caos,
o colapso,
o retorno
do desequilíbrio...
Mas Senhor,
apesar de nós,
ouve a voz
dos desesperados
e abranda
a tempestade...
Silencia
o brado
furioso
do furacão,
diminui
os rastros
de destruição...
E abraça,
em sua glória,
os mártires
desta tragédia...
Acalma
a tempestade
de lágrimas
no coração
das famílias
que se tornaram
órfãs desta
reação...
É tempo
de reconstrução...
Senhor...
Acalma
nossa ambição...
Mais destruidora
que qualquer
furacão...
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Trilhando...
Fazer
saudades
deixar
vontades
somar
verdades
regar
amizades
e ver
florir
a Terra
de sal
e luz
em tons
de azuis
de um
céu real!
Plantar
justiça
colher
sorrisos
olhar
em volta
ver
paraísos
e ter
apenas
o Amor
como
escolta...
O Amor
e os versos
de um poema!
Para onde mesmo?
Para onde
está indo
seu olhar?
Para a
cédula
ou para
a célula?
Para o
espelho
ou para
vida familiar?
Para onde
está indo
seu olhar?
Para o
propósito
de ser
melhor?
Ou para
a disposição
de ser maior
que o outro?
Aquele mesmo
que você
se propõe
a amar...
Para onde
se dirige
o seu olhar?
Para a fé
inabalável
em si mesmo?
No seu trabalho
ou na sua
capacidade
de fazer?
Ou para
o serviço
comum,
onde o
respeito
e a liberdade
do outro
fazem sentido
pra você?
Pra onde
se dirige
o seu querer?
Para onde
se dirige
o seu poder?
Para onde
se dirige
o seu viver?
Perspectivas
E num instante
tudo muda...
Toda perspectiva
se deforma...
Toda expectativa
se reforma...
Num instante,
tudo se transforma!
Tanta coisa
perde importância...
Tanto assunto
perde relevância...
O tempo,
em dissonância,
com a dimensão
da passagem...
Uma história
vira apenas
miragem...
Pôr de sol
na paisagem
reafirmando
a fé e o sim!
domingo, 3 de setembro de 2017
Entre as Oliveiras
O que dói em mim
não dói no outro
incapaz de perceber
minha angústia...
Enquanto oro
em vigília e agonia
os outros dormem
e eu permaneço
acordado
aguardando
a luz que não
tem fim...
O que dói em mim
não dói no outro!
Mas o que dói neles
dói em mim...
Suando sangue
lá no horto,
entre as oliveiras
digo Sim!
O DNA de minha mãe
sempre presente,
a missão de Nosso Pai
tão viva em mim!
O que dói em mim
não dói no outro
mas foi pra isso mesmo
que eu vim...
sábado, 2 de setembro de 2017
Credo
Eu acredito
na ação do Espírito,
na entrega sem medo,
na comunhão com
o infinito!
Eu acredito
em seres instrumentos,
que muito além
de qualquer
planejamento,
servem aos desígnios
de Deus,
por méritos bem
distantes dos seus!
Eu acredito
na criação partilhada,
livremente continuada,
distante de qualquer
ilusória pretensão
humana de controle
ou gestão...
Eu acredito
numa constante
renovação!
No aprimoramento
de tudo,
na vida em
reconstrução!
Assim me fala
a natureza...
Assim se revela
a criação
em todo
o esplendor
e beleza
de seu Amor!
Eu acredito
no outro,
na sua incrível
capacidade
de surpreender,
de me fazer
enxergar
por um outro
prisma!
Eu acredito
na multiplicidade
de carismas!
Num reino
em construção!
Eu acredito
na infinitude
das possibilidades
de amar!
O sim de tudo
é o Amor
em plenitude!
O fim de tudo
é a plenitude
do Amor!
Eu acredito
no Amor!
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
Setembro, enfim
Que venham
as cores
que brotem
as flores
que vinguem
os amores
e embelezem
a Terra!
Que no deserto
das dores
floresçam
jardins
apareçam
oásis
no meio
dos horrores
dos conflitos
sem fim...
Que cheguem
os lírios,
que surjam
as gérberas,
e desabrochem
as rosas
com o veludo
de suas pétalas!
Que a humanidade
celebre
a estação
dos colibris,
o tempo
das borboletas,
a primavera
da existência!
Que as asas
ganhem o céu,
os zumbidos
produzam seu mel,
as nuvens
retirem seu véu
e façam chover
sobre a Terra
a dádiva
da renovação!
Que o milagre
se repita
quantas vezes
forem preciso...
E que no infinito
abrir-se
do sorriso
de uma criança,
Deus se mostre,
sem aviso,
e convide
a criação
para sua
linda
dança!
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