sábado, 16 de novembro de 2019

Maria e o Louro...



Asas, pra que lhes quero?
Se sou capaz de voar com os pássaros
e com eles conversar e me entender
e à natureza inteira agradecer...
Tocar seus pés com minhas mãos...
Olhar nos olhos de um coração
que ainda pulsa no ritmo
dos ecos da criação...

Asas, pra que lhes quero?
Se já consigo traduzir
tudo o que o louro do convento
consegue transmitir,
nestes momentos
onde Deus nos faz sorrir
por dentro...
E corpo e alma viram
um só templo,
e nos fazem transfigurar
e refulgir!

Para além do toque
entre o Divino e a humanidade,
Maria e o louro privam da Amizade...
Destas que desafiam tempo, espaço, proximidade...
Se sabem, se conhecem, em profunda intimidade...
Um alumbramento entre os dois, um sentimento...
Lindo de se testemunhar...

Franciscano advento até um novo encontrar...
Franciscana saudade...
Asas, pra que lhes quero?
Se a poesia de um momento faz voar?

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Rapidinha...



E Deus disse em mim,
depois de uma semana
de escuta e de troca:
"Por alguns dias
eu entreguei meu tempo
mais ao ofício de fazer
do que ao exercício
de criar..."
De volta ao melhor amigo,
ao papel, este generoso abrigo,
sinto que toquei o céu...