segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Doritos



Eleita,
escolhida,
companheira
de uma vida...
Presença
querida...
sentida...
acolhedora...
amiga,
namorada,
mulher
que a vida doura...
Fonte de tanta
poesia...
Ponte de tanta
alegria...
Esposa...
Maria...
Auxiliadora!

O Sumo de um poema...



Lapidando
as arestas
do sopro
de inspiração
que nos resta
no fim deste dia
que vai...
será que adivinho
a poesia
que fala da floresta
e de uma cachoeira
onde a luz encontra frestas
e uma lágrima cai?
quanto tempo
ainda se presta?
quanta vida
de um poema
se extrai?

Irmão sonho



Irmão...
Irmão sonho...
Não te percas por aí...
Preciso de ti...
dos teus conselhos...
Não acho ser necessário
ter que pedir...
Mas se for,
posso ficar de joelhos
ou te encontrar
num espelho,
seu olhar
a me medir...
Ou quem sabe
a sorrir
no travesseiro
pouco antes
de eu dormir...
Irmão...
Irmão sonho...
Não me percas por aí...
Entre pesadelos
medonhos,
daqueles
capazes de nos ferir...
Não...
Melhor ficar por aqui!
E apenas velar meu sono...
pra me fazer prosseguir...

Diálogo com o tempo....



Tempo
me dê um minuto
do seu tempo,
um momento
de atenção
pra expressar
o sentimento
que vem de uma
inspiração
que chegou
ao pensamento...
Dá um tempo...
antes que
deixes de ser hoje
e te transformes
em amanhã...
para, descansa,
pousa, no mistério
daquilo que
um poeta
pode calar
na manhã...

Liberdades



Meia hora
para cinco poemas...
Qual o problema,
dona das horas?
Não há dilema,
não sei por que chora...
Poesias não são
teoremas,
nem precisam
de esporas
pra se ajustar
aos sistemas...
São livres...
como aquele
beija flor
que adora
amoras...

Paródia de oração



Não,
não nos deixeis
cair no não perdão...
mas livrai-nos
de nos sentir os tais...

Amém!

Não julgueis



Não, não me julgue...
Não me condene
à vastidão do seu juízo...
Sou pequeno demais
para trazer
qualquer prejuízo
para sua paz...
Isso só será possível
se você permitir...
Não, não me condene...
Não me julgue,
não vale a pena...
É tão mais leal
sair de cena...
Tão mais legal...
Tão mais real...
Tão mais divinal...
E ao mesmo tempo
tão mais humano...
permitir alguém
deixar o tribunal...
fazer novos planos
não perder-se nos danos
de uma vida marginal...
Não, não se condene
ao me julgar
voce pode cometer
um engano...
e nunca mais
se perdoar...

Pura nostalgia...



Hora!
O agora
urge!
Ora,
logo mais
uma outra
aurora
trará
um outubro
apressado,
escutando
o chamado
de um setembro
que já finda...
Saudade
linda
que vai
se deitando,
ouvindo
o galope
de um novo dia...
De repente
tudo se resume
em contemplar
a luz de um vagalume
que passa
e nem sequer
disfarça...
seu piscar
é pura nostalgia!

Desapego



A luz
levemente
tremula,
chama
a escuridão,
enquanto
as sombras
dançam
nas paredes
escuras
degustando
seu pequeno
clarão...
Uma voz
docemente
sussurra,
clama
uma oração
enquanto
a vida
mostra sua
face mais dura
na coreografia
da desilusão...
um pequeno
eco de toda
a criação
une-se,
de repente,
à luz e
à voz...
Enquanto
absolutamente
desapegados,
sonhamos livres
entre os lençóis...

Dor de flor



Quantas cores
no mês das flores
falam das dores
de seus jardins?
Gérberas alaranjadas,
Girassóis avermelhados
pequeninas violetas
lírios amarelados...
Margaridas desfolhadas
Dálias despetaladas
Petúnias desbotadas
Graxas destinturadas...
Todas sedentas de chuva
Todas já murchas de mágoa
o caule lentamente se curva
enquanto a raiz busca água...
Quantas flores
no mês das cores
choram as dores
de seus jardins?
Quantas pétalas
no fim do dia
jazem inertes
exalando jasmin...

Conselho




Uma estrela
solitária...
junto à lua
lá no céu...
quem será
mais solidária?
quem fará
este papel?
enquanto
a noite
retira
seu véu...
uma cadente
imaginária
risca a janela
do quartel...
do outro lado
da candelária
uma decadente
estrela de bordel
ensina para uma
estagiária
que a vida
é um incansável
carrossel...

Doze....

Doze meses
Doze apóstolos
Doze tribos
Doze dias
Uma dúzia
de palavras
de bananas
de lichias
Doze ovos
doze falas
Doze ciganas
para ler
uma só mão...
Doze linhas
numa palma
Doze vinhas
numa alma....
Doze planetas
doze cometas
Doze estrelas
Doze anões vermelhas...
Doze plantas, doze vasos...
E ainda faltam
doze poemas
pra eu sair do atrazo...

Presente



O tempo tem passado bem depressa...
o tempo tem passado bem...
o tempo tem passado...
o tempo tem....
o tempo...
quanto tempo o tempo tem?
quanto tempo o tempo tem passado...
quanto tempo o tempo tem passado bem?
bem...
o passado, quanto tempo tem?
e o futuro, tem tempo pra quem? 
o presente é o tempo do chamado...
mas o tempo é um chamado de quem? 

A seguir...



Fato ou falso?
Notícia ou boato?
Qual o próximo ato?
Quem pisará no cadafalso?
Quem fará o próximo discurso?
Quem mudará a verdade em curso?
Quem será o próximo eleito?
Qual será seu pior defeito?
Falso ou verdadeiro?
Solitário ou companheiro?
Altruísta ou sorrateiro?
Realista ou aventureiro?
Qual o próximo voto?
Fanatismo de devoto?
Mimetismo de Discípulos?
A seguir cenas
dos próximos
capítulos...

Nada como um dia após o outro...



Anteontem
vida festejada
ontem
vida celebrada
hoje
vida trabalhada
amanhã
ninguém pode afirmar nada!

Correr contra o tempo


Correr 
contra 
o tempo
correr
mesmo
com o
tempo
contra
mesmo
com os
contra
tempos
correr...
correr...
correr...
mesmo
não se
dando 
conta...
mesmo
não dando
conta...
mesmo
com o
tempo
a correr
contra...
correr!

Apocalíptica mente....



Faz sentido...
muito sentido...
Ir na direção contrária
ao mundo poluído...
atitude temerária?
sem juízo?
visão missionária
diante de tantos avisos?
Apocalíptica mente...
tempos de improviso...
O coração em paz...
Segue, tranquilamente!

Às pressas



A pressa...
Que leva os segundos depressa...
e vira os mundos às avessas,
sem pedir licença ou desculpas...
A pressa...
Mal iniciei a conversa
e por causa das razões mais diversas,
sem melindres ou cupas...
Toda a poesia se dispersa,
finalizando o poema,
sem nenhum problema...
Muito fiel ao tema,
correndo pra um final vagabundo!
Às pressas,
escrevo contando
os segundos!!!

Sobre Sampa 04 - Josias e a Cesta; Aparecida, ida - Graal, entregas de fé, graças pelos 25 anos Renovando nossa aliança em Nossa Senhora do Brasil


Domingo acordamos com o som do interfone... Corri para atender e Josias, o porteiro, me falou que a encomenda de Emílio já estava la embaixo. Disse a ele que Emílio não tinha chegado mas que eu iria buscar. Voltei pro quarto pra colocar uma roupa decente e explicar a Dora que tinha uma encomenda lá embaixo. Antes que fizesse uma das duas coisas e um xixizinho amigo que já estava nas bocas, olha o interfone de novo... Josias novamente dizendo que o pessoal tinha que entregar a cesta em mãos...Meu Deus... povo apressadinho este de Sampa, pensei com meus botões... E corri pro quarto pra mudar a roupa e avisar a Dora que iria descer pra pegar uma cesta. Ainda sem fazer xixi, coloquei uma calça e uma camisa e desci correndo pelo elevador para não deixar ninguém esperando... Ao sair do elevador e me dirigir para a portaria, uma cena tragicômica que jamais esquecerei:
- Josias, o porteiro atrapalhado, veio correndo em minha direção com os braços abertos com a clara intenção de não me deixar passar, pedindo desculpas e me dizendo que tinha se enganado de apartamento, que eu o desculpasse, que ele tinha me acordado, etc,etc,etc...
Na hora eu vi que era uma surpresa pra gente e que o pobre Josias, na melhor das intenções de ajudar, tinha se enrolado todo e falado pra pessoa errada (no caso, eu) sobre a cesta...
A cara e a atitude de desespero do pobre Josias me trouxe, ao mesmo tempo, uma imensa compaixão e uma vontade de rir absurdas... mal disfarçando o riso, disse a ele que não havia problema, que eu já estava acordado e que ele ficasse tranquilo... Dei meia volta já me pocando de rir no elevador e adentrei no apartamento tentando disfarçar aquele frouxo de riso que insistia em me perseguir. Dei de cara com Dra. Albira, colocando um sobretudo, indo na direção da porta. Assim que me viu, sem saber de onde estava vindo me perguntou o que eu estava fazendo acordado aquela hora... Sem saber o que dizer balbuciei alguma desculpa como vim pegar um copo dagua e sai correndo pro banheiro, ja me acabando de rir... Não sei como não me urinei nas calças... Bia ainda me perguntou... Oxe, ta rindo de que? E eu, sem ter o que dizer, respondi, ja me enclausurando no banheiro que estava rindo do cabelo de Dora (coitada).. Foram 5 minutos sentado na latrina, sem saber se ria, chorava, respirava ou fazia xixi, ou todos ao mesmo tempo... Rapaz... vi a hora de passar mal, pois até pra respirar estava difícil... Depois de relatar tudo a Dora, que olhava pra mim e não sabia se ria ou se me acudia, tomamos um banho, nos arrumamos e pude oferecer a ela a canção que havia feito em parceria com Lú Viola, pelos nossos 25 anos de casados... Depois das gargalhadas de Josias, as lágrimas de emoção...Só então voltamos para sala onde nos esperava uma gigantesca e deliciosa cesta de café da manhã, com a qual os nossos anfitriões iniciaram a celebração do dia de nossas bodas de prata! Literalmente inesquecível por tudo...Pelo cartão lindo e cheio de amor, pelas delícias que nós quatro compartilhamos e pela resenha da trapalhada de Josias e Bia revoltadíssima com a pisada na bola que ele havia dado com ela...(Depois soubemos que ela havia avisado a ele pra não interfonar em hipótese nenhuma, pois Will iria pegar a cesta quando chegasse do plantão) E que entre a segunda interfonada e a minha descida ela tinha falado com ele e dito pra ele se virar e não me entregar encomenda nenhuma... Aí eu pergunto: existe forma mais legal de iniciar um dia tão especial do que com um incontrolável frouxo de riso seguido de um momento tão especial e emocionante e pra completar um delicioso e farto café da manhã com direito a resenha e mais gargalhadas?



Após este maravilhoso início de dia nos arrumamos e saímos em direção a Aparecida... Albirabola pisando fundo, Tia Dora de co-pilota sem saber se fiscalizava os radares ou tirava um cochilo, eu e Bia nos revezando nas cantorias... Ela fazendo o perere, parara, piriri, perere do Bola original... Eu cantando "Eh São Paulo, Eh São Paulo... São Paulo terra boa,  São Paulo da garoa..."Viagem maravilhosa, rápida, tranquila, com direito a uma passagem no Graal, um "pit stop" genial que existe nas estradas de SAMPA e que não fica atrás de nenhum pit stop de qualquer lugar do mundo! Nos
fartamos, almoçamos, fizemos nossas "nicissidadis" e seguimos em frente.




A chegada a Aparecida, com o sol a pino e bastante quente já nos preparou para momentos nos quais o coração ia arder... E foram alguns bem intensos... primeiro por estar realizando um sonho de minha nubente... depois pelo próprio lugar... tão denso espiritualmente...Sob a imagem de Nossa Senhora colocamos nossas intenções...Amigos e famílias nos corações e nas mentes... Na Capela do Santíssimo (lugar muito sagrado) silêncio, oração, entrega, fé, gratidão! Emoção em cada poro, em cada célula, o Amor de Deus ecoando, reverberando, fluindo...Tudo e todos entregando...sentindo...
Depois algumas entregas e pedidos ainda mais urgentes e especiais...Há Vida em Aparecida... Plena e cheia de significado...Um encontro marcado, muito além das estruturas físicas, do Santuário ou da Basílica... A santidade e a beleza esão na fé pura e cristalina dos romeiros, no olhar suplicante e emocionado de todos que por ali passam...no significado deste aglomerado de esperança e fé...
Dia de nossas bodas num lugar muito especial, grandioso, num clima maravilhoso de profunda comunhão...A volta tranquila e abençoada, com um lindo por do sol nos recebendo de volta na megalópole paulistana. Albirabola brilhando mais uma vez, numa direção segura e rápida! Tudo em paz!




De noite, terminamos o dia em estado de graça, depois da missa celebrada na Igreja de Nossa Senhora do Brasil, um recanto de arte, oração e fé! Mais momentos de emoção, entrega e gratidão por tantos anos juntos, por tantos amigos queridos, por tantos irmãos especiais...Cada detalhe desta igreja é muito especial! Vale uma visita!


Após a missa um milkshake pra lá de especial no Milk & Mellow...
Muito bem alimentados espiritual e fisicamente, voltamos ao tranquilo e especial recanto de nossa hospedaria e fomos dormir, meio que sonhando acordados, por tudo o que vivemos neste dia tão especial!


Nossa gratidão muito especial a Bia por ter sido instrumento para vivermos momentos tão significativos e inesquecíveis!

O Amor muda o mundo (à Família Andrade)



O Amor muda o mundo, tudo transforma, tudo cura...
O Amor toca e floresce, entre o gesto e a prece, sacia a procura...
E depois retorna, sempre retorna, com uma intensidade maior ainda...
Na verdade de um encontro... na acolhida de um abraço... na cumplicidade da fé!
O Amor é!
É família, gratidão, é laço!
Maravilha, emoção, tão além do tempo e do espaço...
Quem tanto recebeu se torna doador...
A mística do Amor...
Seu mais marcante traço...
Reciprocidade, troca, entrega...
Luz que nos cega, Vida em plenitude de cor!
Na amorosidade do encontro, quem consegue responder:
- Quem é mesmo o doador agora?
O Amor equilibra, o Amor harmoniza, o Amor sintoniza...
O Amor se realiza no mais puro despojamento, no mais infinito acolhimento...
Um instante, um momento, uma vida em duas...
Mais uma vez Deus fazendo das suas....
Contemplação, lágrima, sorriso, coração que se eleva em agradecimento...
Nos degraus da existência, na escada da fé, a consciência plena do que se é...
Grão...
Parte...
Semente....
Que só se faz plenamente, quando generosamente se doa...
E brota em uma outra pessoa....
Neste instante o eco da criação ressoa e Deus é paz contente!
Transparente...
Nos olhares agradecidos, nos corações enternecidos, nos lugares além do tempo...
E a Família Andrade sendo novamente templo... dando exemplo...de fé e reciprocidade..
O mais verdadeiro Espírito Natalino, fora de época..
Enchendo corações de esperança, transformando homens e mulheres em crianças, desconhecidos em familiares, na dança de abraços que se transfigura em tantos pares, em frações de segundos...
Na decisão de um doador...na corrente de oração.. na resposta compatível...
O Deus do impossível, pelo Amor, vai transformando o mundo!

Ecos de Bete e Amândio (a partir de uma foto de Eduardo Pires Filho)





Abraçar a cruz
Amorosamente
Imitar Jesus
Deus feito gente

Aninhar a dor
Suavemente
Partilhar o Amor
Transparentemente

E compreender
O milagre do pão
Exercitando
a partilha da mão
e do coração...

Abraçar a luz
demoradamente
imitar Jesus
Amor feito gente

Cultivar a paz
insistentemente
procurar se mais,
mas humildemente....

E compreender
O milagre do pão
Exercitando
a partilha da mão
e do coração...


...aprender a escutar
o que Deus quer te falar
pela oração... 

sábado, 28 de setembro de 2019

Vento no Litoral...sopro de vida!



Nada do que eu imaginava escutar....
E ao mesmo tudo o que eu poderia querer ouvir...
Amandio e Bete, fé cristalina!
Amor na veia! Paz e confiança divina!
Uma incrível intensidade, sem peso:
"Cruz não é pra se arrastar, é pra se abraçar!"
Sobre os dois saudosos filhos:
"Nenhuma perda! Apenas devolução de tesouros emprestados por Deus..."
Bete é fé em estado puro, quase infantil de tanta entrega...
A tal da fé cega!!!!
Amandio é a fé ensinada, transmitida, suada, perseguida...
Ela que não queria nada com ele, sucumbiu diante da frase:
-"Deus escreve certo por linhas tortas"....
Depois de uma dolorosa via crucis a dois, ela agradece:
-Tive três Cirineus em minha vida: Jesus, Maria e Amandio...
Ela, pessoa de igreja desde sempre...
Ele, igreja aprendiz ao encontrá-la...
Ela, fé de raiz...
Ele tronco de amparo...
Pedro e Felipe, seus filhos, alicerces de uma fé sólida, entregue, sofrida, compreendida...
A família, reunida no Litoral Norte, aprendendo a ser forte, diante dos mistérios da vida!
Aprendendo sobre a insignificância da morte...
E sobre a ressignificação das certezas...
"Quem foi que disse que Deus não muda os próprios planos?"
Doces enganos...
Humanos...
A família, abraçada no Litoral Norte, aprendendo que o corte permanece sangrando na cicatriz...
Como superar o adeus de um filho? Como superar o adeus de dois?
Somente na certeza de que todos nos reencontraremos depois! Todos na certeza do a Deus!
Lições a aprender...
Missões a entender...
Como saber o que Deus quer mesmo de nossas vidas?
Somente escutando o que Ele tem pra nos dizer!
Rezando, contemplando, entregando!
Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na fé e na descrença, no tropeço e ao avesso, marido
e mulher, pai e mãe, em paz na plenitude do Amor!
A esperança em flor é confiança diante do que for...
Tudo o que eu poderia querer ouvir...
Nada do que eu esperava encontrar...
Apenas sentir...
Somente escutar...
E se deixar levar...
na leveza de um testemunho lindo!
Chorar ou sorrir? Tudo o que vier é bem vindo!
Quantas ressurreições no caminho?
Jamais se sentir sozinho...
Ao abraçar a cruz e o espinho, Deus se faz pão e vinho, nos alimenta e conduz!
Abraçados e consolados por Amandio e Bete,
renovados e acolhidos pelos irmãos de Lauro de Freitas,
"queima o coração, arde o coração, canta o coração"
de alegria:
"-se fosse fácil não teria nem porquê!"

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Sobre Sampa 03 - Passeio na Sé, Dora em transe e delicioso almoço...

Sábado acordamos com toda disposição com Albirabola pronta pra nos levar até o centro de São Paulo! Passeio surpreendente e maravilhoso!


Primeiro visitamos o Pateo do Colégio, marco zero da capital paulista, onde pudemos conhecer o Museu José de Anchieta, com documentos, plantas e relíquias relacionados ao Jesuíta Poeta e Desbravador... Muito enriquecedor... Lá descobrimos a existência de uma peça chamada Baldaquino, espécie de dossel, sustentado por 4 colunas, usado para oferecer proteção ao ostensório portando o Santíssimo ou um relicário. Simboliza a relação entre o terreno e o celeste, tendo Cristo como peça fundamental desta ligação. Uma peça belíssima! Nossa condutora Albirabola sentiu um certo entojo ao ver o Fêmur de Anchieta exposto numa das salas. Conseguimos umas fotos lindas sob uma enorme cruz no Pateo...

Depois fomos visitar a Sé. A Catedral de Sampa  é surpreendentemente bonita e austera. O  conceito de algumas de suas colunas nos lembrou as da Sagrada Família, em Barcelona. Estava ocorrendo a celebração de uma Missa no momento da nossa visita. Momento muito especial de agradecer a Deus pela viagem e entregar a Ele nossas orações. Uma pena que o entorno esteja bem degradado e tenha se tornado a conhecida "cracolândia"! Mas bem significativo o fato dos mais necessitados encontrarem algum refúgio perto da Catedral Paulista... Nada é em vão...


Depois deste profundo mergulho espiritual, Bia resolveu nos levar a algumas atrações bem comerciais da Capital Bandeirante... Alguém aí já ouviu falar da Torra ou da Daiso? Pergunta pra Tia Zooooomba! Rapaz, se na Torra ela já ficou completamente aparvalhada com as roupas e os preços, fazendo algumas comprinhas que obrigaram Albirabola a enfrentar um fila quilométrica, quando chegamos ao "Maravilhoso mundo do tudo o que voce sempre sonhou mas nunca na vida irá usar", cujo nome é Daiso, a coisa pegou.... Pense numa pessoa hipnotizada, sem saber pra onde olhar, encantada com cada novidade que via.... Esta era Tia Zooooomba! Sem saber se chorava ou se sorria, ela conseguiu realizar a fantástica façanha de encher quatro cestinhas daquelas de mercado, com os mais variados e inimagináveis produtos que encontrou nas mais diversas seções da dita loja. Completamente perdida no tempo, teve que se contentar em correr apressadamente as últimas seções do andar de cima, pois a loja já havia fechado com a a gente dentro... Sua mais heróica façanha, no entanto, foi transformar as quatro cestas em uma, desprezando outras três, responsavelmente deixando para trás o que nenhuma outra pessoa conseguiria... Maravilhosa!!!!


Saímos desta aventura consumiDORA às 16:30, com Wilson faminto e paciente em casa, nos esperando para almoçar. Fomos nos encontrar com ele e nos deliciar no Família Mancini, sem conseguir identificar até agora o que era melhor: o ambiente, a companhia ou a comida servida! Um almoço muito especial, com destaque para o garçom fotógrafo que arrebatou o celular da mão de Will para tirar uma foto dos nubentes de prata que vos escrevem...

  


Depois duas descobertas maravilhosas... A primeira,: A tese formulada por Tia Dora de que os mendigos de São Paulo só possuem cachorros peludos com pedigree! Destrinchando esta tese com o uso de raciocínio lógico, chegamos à conclusão óbvia de que quanto mais esquálido e languenzo um cachorro em Sampa, mais trilhardário é seu dono!  (Fico pensando na confusão que iria rolar se aquela distinta senhorinha escutasse Tia Dora dizendo que ela era moradora de rua...)


A outra descoberta maravilhosa foi o Beco do Batman e seus artistas maravilhosos...Uma visita completa, conhecendo este recanto resguardado de arte genuinamente urbana a encher os olhos e alegrar o coração.... Muito bom!


Após levarmos Wilson ao plantão, passamos no mercado onde Bia geralmente faz suas compras, onde ela nos mostrou várias "gordices e pechinchas" interessantíssimas e onde renovamos o estoque do maravilhoso suco de laranja Xandô.




Voltamos pra casa e, após a tradicional resenha noturna, o banzo chegou e ficamos assistindo The Voice comendo uma pipoquinha quentinha feita por nossa anfitriã...depois fomos dormir nos preparando para o Domingo em Aparecida...Muitas emoções nos aguardavam...