sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Acima das nuvens


Acima das nuvens
o sol que faz o azul
ser mais forte
nos lembra que o céu
que vai do sul
ao norte
nos fala também
sobre os rumos
do vento!

No silencio
planar sobre a Terra
e se deixar ir,
experimentando
o paraíso
e o acaso,
a partida, a chegada
e o atraso,
até descobrir
que tudo
o que é preciso
é seguir!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

De templos em tempos




De templos em tempos
ações e orações
insanas verdades
sagradas interrogações!

Templos são humanos
sonhos são divinos
séculos se resumem em anos
cantos se transformam em hinos

De exemplo em exemplo
de paixão em paixão
plural singularidade
entre o sim e o não!

Tempos são planos
planos são variantes
mirantes, enganos,
parábolas quadrantes...

Pra que mesmo?




Pra bronzear, raio de sol
pra refletir, um aviso
para pescar, linha e anzol
para curtir, um sorriso

Pra viajar, um abraço
para cumprir, compromisso
para ocupar, um espaço
para existir, tudo isso!

Para rever, seus conceitos
pra navegar, uma idéia...
Pra comprovar, dito e feito
para colher, azaléia...

Pra repartir, pão e vinho
pra descrever, um bom filme
pra respirar, ar marinho
pra se ouvir, Gabriela Cilmi!

Pra celebrar, a conquista
para gerir, uma empresa
para amar, primeira vista
pra concluir, ter certeza!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Contemplações de templos



Contemplo
aquele templo
onde pisei o céu
tirando o véu
de toda nuvem
e revelando a nave
ave a pousar
depois da chuva
uva a se transformar
em vinho
sangue tinto
a se renovar
entre os espinhos,
no próprio instinto
pão pra se partilhar!

Contemplo
o seu exemplo
mapa do céu
e fico a contar estrelas
seguir cometas
com o olhar
perdido
na vastidão
de cada sentido
a esperar]
seu próprio tempçolll

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A mão do amigo


A mão do amigo
faz o traço
que conduz
do aperto de mão
a um abraço!

A mão do amigo
projeta a sombra
com a luz
que traduz em magia
tudo que assombra...

A mão do amigo
age no silêncio
induz
a vela do barco
com sopro sem vento!

A mão do amigo
simplesmente ajuda
conduz
o tempo presente

De tempos em tempos


Ainda é cedo
pra falar do que será
o que será é segredo
e cedo ou tarde
se revelará...

Mas será tarde
pra dizer o que se é?
O que se é, é um enredo
que, sem nenhum alarde,
traduz o que a gente quer...

O que já foi,
agora faz parte do tempo
não volta mais
fica servindo de exemplo
pra quem quer ser
e fica no “mas”...

Ainda é cedo?
Ou será tarde?
Não deixe o medo
conseguir apagar
a chama que arde....

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Velhos Ares




Quem dera
colher a brisa
da primavera...

Num frasco
de damasco
guardar...

Depois
sair pra caçar
ventos do mar...

Colecionar
o ar que vem
do pomar...

Quem dera
dar de presente
para alguém
o cheiro de alguma era
perfume que lembra gente
e vai além
nos guia
a quem nos espera...

Cabelo balança
coração descansa
vento chama
brisa pra dançar
e a lembrança avisa:
tenho um par
é o ar que faz
a vida renovar
a nossa paz!

Viagem de pé




Hora de ir
partir agora
mundo afora
seguir
encontrar
algum lugar
entre a memória
e a história
que sempre quis
ver florir
não chora
melhor sempre sorrir
saber insistir
saber quem se adora
jamais desistir
na boa ou na tora
persistir
encontrar
algum lugar
entre o local onde se mora
e o que se quer construir
sonhar
não se iludir
roçar a espora
e fazer o cavalo
sentir
enquanto você cora
por se sentir fluir
enquanto a vida
gira pelo mundo
afora!