quinta-feira, 30 de abril de 2015

Correia...




Do outro polo
do globo
a voz amiga
me chama
e fala de
uma nova
porta aberta
em sua vida
conversa revivida
dos tempos
de colégio
quem ousa afirmar
que há algum
remédio
contra sonhar?
Do outro lado
do mundo
a criação
quer mais
tempero
anda cercando
este irmão
que só por ser
brasileiro
já tem o DNA
de encontrar
a solução
qualquer
que seja
o vespeiro!
Sonhe alto,
voe livre!
A vida está
na varanda
e tudo assiste
sem pressa...
O que mais
lhe interessa?
Vai saber...
Pra ela
o que importa
mesmo é viver!

terça-feira, 28 de abril de 2015

Sonetus Brasilis




Ergam os escudos
fiquem mudos
aguardem o temporal
Chuva de flechas
sobre as cabeças
como dilúvio de quintal!
Onde estão as arcas?
Onde estão as barcas?
Onde está o produto do saque?
Onde estão os astutos de fraque?
Se fazendo de surdos...
Ergam as barricadas!
Içem as velas!
Definam logo as cruzadas
e a armada de caravelas...
Façam barulho,
tirem o entulho das favelas!
Deixem o orgulho de lado,
ouçam o chamado das novelas!
Onde estão os negros e os índios?
Os verdadeiros, pura raça...
Os pioneiros da bagaça...
Onde estão os prisioneiros lusitanos?
E o carrossel de nobres puritanos
que por aqui se perdeu,
hereditários europeus...
Chamem os comendadores,
façam valer seus quinhões
façam valer seus canhões
pobres barões aduladores...
Chorem diante dos fortes
Tremam diante da morte
eis aí as invasões...
Felizes ou não
com suas raízes,
mereçam as cicatrizes
que os holandeses deixarem...
E as meretrizes
herdadas dos franceses...
Enquanto voltam para
seus mares, para seus pares,
vejam se erguer aqui
Zumbi dos Palmares!
E as árvores da cor de brasa
tinjam os caras pintadas
e inspirem a imperatriz
à idéia feliz da Lei Áurea!
Libertem todos de seus covis...
Os negros da escravidão.
os índios da exploração,
os brancos da ambição
e todos do preconceito
enraizado na cabeça
e no peito,
na hipócrita
tolerância servil...
Salvem os mamelucos,
tirem os caboclos da sala,
protejam as mulatas do Brasil!
Salve Salve pátria amada!
Salve mãe indelicada!
Salvem, salvem o Brasil!

Suspiros




E, de repente,
como um raio
sobre a gente
Abril se esvai
e chega Maio,
reluzente,
enquanto o
dia trinta cai...
O calendário,
frio e indiferente,
vê o tempo passar,
como quem vê
o sol poente
e chega a se admirar...
E, de repente,
assim, de improviso,
sem se preocupar
com aviso,
Abril enfrenta
o que chegar...

Rede errante



Sobre as paredes
do tempo
alguns quadros e uma rede
lembram dos momentos
que a vida quis pendurar...
Quem sabe pra expor
sua arte
Quem sabe por amor
ao descarte
que ela precisa
consumar...
Vida quer se lembrar...
Se emocionar
com este pulsar,
idéias e emoções
fazendo sua parte
na aventura
de se deixar estar...
Sob as paredes do tempo
vai que alguém
quer escutar
o que diz a arte
de algum lamento,
o que diz o acorde
que está no ar...
Enquanto adormece
o sentimento,
eis que a vida tece
um novo alento,
que surge pra inspirar...
E nas paredes
do quarto minguante
de algum luar,
o pensamento, distante,
quer mesmo é se balançar
na velha rede errante,
eternizar o seu sonhar!

Na beira do mar



Com os pés mergulhados na areia, bem na beira da praia,
enquanto o mar lhe banhava os pés, o mestre meditava...
Foi quando a sombra de um discípulo invadiu a onda mais próxima
e encobriu o sol que já começava a queimar...
-"Mestre, iremos pescar hoje?"
E o mestre simplesmente sorriu, mirando o sol...
-"Não, meu filho... Hoje é o mar que nos jogou seu anzol!"
E voltou a contemplar...

Ao avesso



Pelo avesso
me mim mesmo
me pergunto
se mereço
o dom de
ser e estar,
de me esbaldar
de viver,
de celebrar
o querer bem e
de bem querer
me fartar...
O milagre
não tem preço,
mesmo se me
desconheço,
na imensidão
de amar...
Na explosão
de espelhar
a emoção
e o apreço,
a ilusão
e o tropeço,
a dor de quem
quer chorar...
Coração
endereço
espaço
além do lugar
e eu me pergunto
se mereço
o dom de ser
e estar
mesmo
se for
ao avesso...

Tomés e Pedros




Verdadeiro
Homem
Verdadeiro
Deus
Vida
verdadeira
como
prometeu!

verbo
que se fez
mais
que se tornou
paz
verbo
que se fez
dor
que se fez
Amor!

Ver o
verdadeiro
amor
sobre a
tua luz!
Ser o
verdadeiro
amor
sob a
tua cruz!

Ver a
verdadeira
fé,
Vida
renovar!
Ver e
se manter
de pé,
mesmo
a se
dobrar!

Ver o
verdadeiro amor
se multiplicar...
Peixe, água
vinho e pão
Deus a transbordar!

Verdadeiro
Homem
Verdadeiro
Deus
Vida
verdadeira
como
prometeu!

O Cordeiro
vivo
Cordeiro
de Deus!
Deus
no homem
vivo
como
prometeu!

Tem gente
que ainda duvida
gente que
já esqueceu...
Do espinho,
da ferida,
tudo o que
sofreu...

Gente que
é perseguida
que não viu
e creu!
Gente dando
a própria vida
como Ele deu!

Verdadeiro
Homem
Verdadeiro
Deus
O Cordeiro
vivo
Cordeiro
de Deus!

Partes



Parte de mim
Parte de um sim
sem medida...
Parte do pão
toca na mão,
na ferida...
Arde no seu
coração...
Cabe no imenso
da Vida...
A dor da paixão...
Parte da fé
destemida...
Arte de amar
a missão...
De ter o Amor
como lida...
De ter a paz
como chão!

E o tempo
se reparte
entre o que
foi antes do sim
Tempo
que descarte
tudo o que
já teve seu fim...

Sempre é
novidade
amar sem medo
de viver!
Ser
só de verdade
se este Amor
eu merecer!

Quarta feira das dores




E enquanto
as flores
calam suas
lágrimas
o céu tinge
de cores
as nuvens
antes cinzas...
Na quarta-feira
das dores
lembranças
desses dias...
Não é mais
carnaval
dentro do
peito...
Não há
nenhum sinal
de som
nas ruas...
Ninguém
passando mal,
nenhum
suspeito...
A vida
em seu normal
se mostra,
nua!

Sujeito oculto



Me despedaço
em silêncio
entre sonhos
fáceis...
Como exorcizar
um abraço
com mensagens
frágeis?
Como desprezar
um sorriso?
Como substituir
um colo?
Como virtualizar
um beijo?
O que temos
plantado neste
solo?
Qual o nosso
desejo?
Me destempero
em palavras,
entre planos
mudos...
Como menosprezar
o carinho?
Como minimizar
algum toque?
Como ridicularizar
a ternura?
Como abrir mão
do prazer de passear
pela rua...
De mãos dadas,
olhando a lua,
contando as estrelas,
testando os sentidos,
sentindo o vento,
sonhando o futuro,
pisando em terra e cimento
e tateando no escuro...
Me desconecto
do tempo,
pra ir além
do absurdo...
A viagem
é a fantasia
onde me escuto...
A passagem
é a poesia
onde me invento...
Me entrego, em tudo,
e enquanto luto,
Sou cego, surdo,
sou lamento...
Sou verbo, sou sujeito,
sou oculto!

Abujamra....




Sinto a dor
de sua partida
em minha alma!
Sinto!
Sinto intensamente,
como sentia
cada palavra
que você, acidamente,
proclamava
quando declamava
uma poesia!
Sinto verdadeiramente!
Como sentia
o prazer de assistir
você com sua adaga,
eh língua afiada,
provocar seus convidados
de programa,
magistralmente
equilibrando doçura
e ironia!
Sinto piedosamente!
A sua morte
é um grito de agonia
da arte!
Enquanto você parte,
deixando órfãos
os fãs de sua cultura
e simplicidade,
a interpretação
de frases emblemáticas
se despedaça
em sua memória,
brindando a precisão
de suas pausas enfáticas
e a incisiva delação
de suas interrogativas
acrobáticas...
São poucos
os vazios insubstituíveis...
Ouso dizer
que nenhuma voz
provocará como a sua...
Ninguém conseguirá
o mesmo tom,
o mesmo sarcasmo,
o mesmo transparente
orgasmo verbal
que lhe possuía,
enquanto você
encarnava o bem
e o mal,
no carnaval
de seus dias!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Passagens


E de repente
a possibilidade 
palpável
de me tornar
saudade
se fez tão real
que a viagem
quase se tornou
ponto final...
O que fazer?
Agradecer,
me entregar
e esperar...
Até finalmente
acontecer...
Não foi coincidência
o fato de  
o ponto final
ter se transformado
em reticências!
E ao invés
de várias interrogações
pelo viés,
apenas exclamações
e gratidão!
Vida que segue!
Que o tempo
nos regue
e nos faça
dar bons frutos!
Muitos!
De volta
à nossa
peregrinação!


Orante




Toque o infinito
a oração é um grito
na angústia da dor!
Seu som não é dito,
no silêncio bonito
de quem busca o Amor!

Toque o sagrado
a oração é um traçado
suplicando por cor!
Seu tom é de obrigado,
seu pedido um chamado,
no sentido do Amor!

Toque o divino
a oração é um hino
de quem sabe se por...
Um dom tão genuino,
alegria de sino,
ao louvar o Amor!

Anúncio




Da breve brisa
da janela,
asas fortes...
A pele lisa,
arrepiada
de repente...
A voz precisa,
garantindo,
docemente...
Que o impossível
passará a ser
seu norte!
Que o universo
para sempre
te bendiga!
E que se curve
sob a luz
que se derrama
da nova vida
que o teu ventre
guarda e abriga,
que liga o céu
e a terra,
a cria que
Deus ama!
E o teu
entendimento
é pura chama,
confirmação
do plano mais divino
que o plano humano
aceita pela dama,
senhora de um sim
que fez-se hino!
E o mensageiro
alegre com a menina
num vÔo solo
límpido e certeiro
apenas se retira
e nos ensina
a confiar no Amor
mais verdadeiro!


Biel!



Do templo calmo
de um altar seguro,
espelhando a luz
de um novo tempo,
vem até nós,
transbordando
sentimento,
a vida nova
de um amor maduro!
Na frágil dimensão
de sua humanidade,
eleva o nosso olhar
na direção do céu,
anunciando o renovar
desta família de verdade,
nos chega o novo tricolor
abençoado Gabriel!
Que a vida lhe sorria
seu melhor sorriso
e nunca faltem sonhos
que te ajudem a crescer
e não lhe falte nada
do que for preciso
pra dádiva da vida
você sempre merecer!
Que as "peras" desta árvore
alimentem sua fé
te acolhendo com a ternura
de momento bem felizes
e te protejam e te ajudem
a se manter de pé
e te alimentem com a seiva
de suas próprias raízes!
Seja bem vindo,
novo guri lá do Rio Grande,
Seja bem vindo,
novo caçula de Coqueiros,
a "Tubinada" e a "Pereirada"
te saúdam,
com bem querer e amor
muito verdadeiros! 

Azul do hemisfério norte



O azul do céu
do hemisfério norte
tem um tom diferente
um tom intenso,
que de tão imenso,
espanta as nuvens
e encanta a gente!
Um azul constante
que valoriza o instante
de erguer o olhar
e enxergar o diamante
que o criador continua
a lapidar!
Azul que espelha o mar
do navegante
que faz a sobrancelha
se elevar
e com ela levar
a alma e o coração
pra um templo
bem distante
onde viver é estar
em profunda comunhão
com a imagem semelhante
que ousou nos sonhar!
Sim, o azul
do hemisfério norte
tem um "que" que diz:
-"Avante!
Permita-se maravilhar...
Permita-se esquecer
todo o restante
e simplesmente
contemplar!"
Azul de densidade forte
que nos lembra da sorte
de ser e aqui estar...
Não que o lugar importe...
Importa muito mais deixar
o tempo parar,
o corpo pairar,
o espírito cantar
e agradecer pela fé
que vai além da morte,
pela esperança de merecer
o milagre de ser
e estar aqui pra ver
o azul brilhar
no céu dos hemisférios
sul e norte,
como deve ser!

domingo, 12 de abril de 2015

Deareo de buerdo 03

Deareo de buerdo tres - lo dea dedecado a l
Hoy foi un dea abençonadio!
Comefiou com una missa en la catedral de Barcelona.
Que ambiente pantaftico!
Que filenfio, que clima de oraccion, que biela celebraccion....
Una ecsperienfia majavillosa de bibenfia di Dios num cenario espectacular!
Pouca giente, mas tuedos mui bien aliñados con cada momiento de la eucaristia.
Missa celebrada em idioma catalão e perfectamente bibida e partilhada por nosotros brasileños...
De lá fuemos astmla otra iglesia, Sta Maria del Mare, una construction en estilo ghoftico com altares e capelas mui limpas e ecstremamiente bielas! Encantador! Novamiente el clima de oraccion e filenfio renava no lugar...
Despues desciemos asta lo puerto. Conheciemos un shopping daqui e rumamos para la pedrera, onde lo taliento de Gaudi para a archictetura civil se reviela de maneira pujante!
Que construction fenfafional! Única! Um esclarecedor tour de ônibus e um belo almoço no Tenório culmiram com a visita à Sagrada Família. O que ablar? Como descreber tamanha feliciudad e inspiraccion de um gênio humano ao se dirigir ao divino? Em cada detaje a busca pelo ambiente perfecto, pelo equilibrio de cores, pelo motivo implícito em cada material, cada conceito, cada luz e cada sombra, cada saliencia e cada forma...que belíssima oraccion que fez Gaudi, atrabes de uno projecto que se estende pejos secujos, como a própria fé cristã! Não há o que olvidar, es algo realmiente único, sobrenatural, senfivelmiente percebido numa bisita con el corazón abierto a esta maravija de la humañidad. Un lugar de onde nosotros não conseguimos sair de lo miesmo jecto que
entramos, sem dubida alguma! O sagrado e o divino se fazem presientes naquele indescritível lugar!
Chegamos tem pouco tempo en lo hotel e Duera ahora esta descansiando. Parece que a ressaca, pela correria, estresse e sufoco dos ultimos dias, ligou o sinal de alerta pra ela. Resolbiemos nao mais sair hoy, para eja se recuperar para amanhana, mas hernandez, lucy, dani e guijermito nos representarao mui bien en uno janctar español para onde acabam de óse dirigir. Antonces que benga el amanhana! Salut a tuedos! Saudades dos que ficaram en la tierra de bera cruz. Te manhana! Me voi! 

Deareo de Buerdo duo

La venganza de las torñeras e lo encuesto de lo trem

Un dea de conquestas, sem dubidas! Madrid es nuestra e nos ama! Fallamos con tuedos, tuedos nos entiendem... Nos mobimentuamos con mui faciliudad pra ca e para lla! Tudo trankijo! Bon, mas bamos ao que los enterexa: comeciamos lo dea com mas una tentatiba de resgatar la maleta de mi hermana en aeropuerto, mas fo en vano. La missione de tres personas incuindo Paulito Hernandez (q se atrasou pela premera bez em su vida, mi Hermana Lucy e Nha Daniela del cocido, partiu asta lo campo de bôo, mas dispues de mutchas tentativas riegressaram  com outra promiessa de enbio de la maleta ate nosotros, desta feita em Barcelona. Acer o que? Bueno, premeramente pensar em aceitchar ou non el  oferecimiento das cuecas freadas de Juan Guijermito e su mutchacha.. lo bon sienso e um poquito de nofiones basicas del higiene fizeram Lucy declinar de tan ienerosa ofierta. mas a companhia aerea mui amiga ofereceu una diaria de algunos euros para que eja pudiesse adequerer unas pieças de bestuårio para sustituir as que andam olvidadas en algum lugar del mondo. Lo herdadeiro segnefecadio das cuecas freadas hai que ser conbersado indibidualmiente com aquejes que quiserem, de facto, sabier dos detajes suerdidos sobre lo assunto, esto se tiberem un estuemago realmiente fuerte!
Nos encontramos nuobamente los seis, após um bejo desejuno na companhia de mi esposa e juanito guijermo, mi gran exempulo! Diante da demora de la atendente do cafe bocaditos em trazer nuestro cafe quase roja un barraquito, mas Dios es mais e hoube por bien que tudo permaneciesse en la santa paz. Una descoberta marcou lo dia: descobrimos que nuestro Hernandez que tanto habia mi sacaneado por causa de la carne de tendera (veado), na berdade habia sido o primeiro a probá-la en una casa de tapas, onde comiemos um trio de hamburguetes na tarde anterior...aqui se az, aqui se aga, como deria mi buela dulce en su vocabulario mui próprio, que tambien incluia "uno quartio para as oitcho", "arear los dientesf" e "quarti sanitareo", verbetes de ascendenfia tepecamiente espanhola, no resta mais dubidas..-re.
Dispues de cumprar algumas pieças de roupitias para la hermana, fuemos conecer el pallacio real e la catedral, onde Pablito Hernandez habia de quitar su promiessa por mais un tempito de existencia, feita na agonia de su desespiero cuano se encontraba en las nubens, tapeado por la Tap. Momiento de agradefimiento e emofion! Hoube entre nos aquejes que ate se empolgaram e pagaram la promiessa de ir ate la egreja, se arrastando pelo chon de la plaza. Mui lindo de ber e de biber, como puedem conperir en la fueto en anesso...
Seguindo lo dia almorramos en un bielo restauran de rua, o La traviatta, onde fuemos sumariamiente atendidos por el garfon mais empateco de lo mundo, eso para non decer el contrajo... Uno pedafio de bucefalo, o gajo. Mas la comida estaba a contento, embora tenhamos pedido sallomillo (filet mignon) e recebido terneras (mais beados). Hernandez cuaze enfarta cuano soube que habia lambido los proeminentes beiços com la iguaria! Crejo que ahora su lado homofobico foi perfectamiente domado e ja esta acectando ter comido unos veadiños en tierras madrileñas...falou, pagou, de la biciclieta, como diz mi madrecita querida e sus hermaños, mios tios.
De la corremos asta lo hostal e pegamos nuestras bagarrens para irmos en direccion de la estaccion de tren, donde embarcamos num fabuloso tren baja que nos levou, a una velociudad de 300km/h, de Madrid asta Barcelona. Viagem fantaftica, mui confortable, em altíssimo astral, com muchos risos e recuerdos, só quiebrados, de cuando em bez, pela fantasmagórica presiença de um encosto qui ficaba zanzando entre los vagoñes dedetizando a feliciudad alheia.  Encontramos tambien uns conterraneos de Dani, o Chico lorota la de Americana, conhecido en la Bahia como Zé Cuiuda, e Corujito, que paffaram tueda a biagem conbersando em alto e bon son, atrapajando a tuedos.
Chegamos a Barcelona às 22:30 e corremos para o hotel, mui bon tambien. Terminamos lo productibo dea com um belíssimo jantar num restauran italiano llamado la tagliatela! Um exceliente atendimiento, regado por um otimo binho e una comidinha perfecta! Conhecemos juan, não o Carlos, il re, o ex-re, como quieram, nem o guijermito, qui ja é um de los proctagonistas desta odisseia, mas o juan garçon, mui giente boa, torcedor fanatico de Barcelona e a partir de ahora tanbem do Bahea, afinal, como autencticos embajadueres del tricojor di ajo, já o fizemos torcedor emérito do Bahiacelona por estas pairagens...
El pueblo de Barcelona es mui receptibo e la biagen ten camiñado mui bem, com la gracia de Dios! La companhia es mui llegall e as risadas sao muchas. Breve envio o terciero relato! Abrajos e saudades de tuedos en Brasil

sábado, 11 de abril de 2015

Deareo del buerdo uno - matem el magrelon!

Matem el magrelon ou El Deareo de la Buerdo numero uno

Dispues de una viajem un tanto que turbulienta aste Madrid, alojamo-nos confortabelmiente en lo Hostel art Madrid, jo mi, esposa Auxiliaduera, mi cunhado Pablito Hernandes, mi hermana Luciana Tranbojone e nuestros amigos e hermaños Juan Guijermo e Dani del Cossido. Diesde siempre hacemos mui bien recebidos en esta capital madrileña. Mesmo lo fiscal de la imigrafion has sido mui refeptibo e trankilo en sus questiones sobre los motibos da rornada de nosotros!
El unico contratiempo desde que chegamos foi lo ecstrabio de la maleta de miña hermana Lucy, com su ropas e acsessojios. Preocupame sobremanera que enquanto su maleta non chiega ela tera que usar emprtada una de las cuecas de su marido e mi cunhado Hernandes, o que feguramiente non lhe cabierá mui apresentable. Mas tuedos bamos nos adatando a estas cosita de la vida, minorizando tudo, afinal estamos en lo lucro total apos escaparmos incolumes ( sinto colocar este verbete em portugues, pois mi vocabulajo españo no es complieto ainda )
Pues bien, instalados finalmente e apos algumas hueras de soño para restaurar el pandemonio pisico e mental de nuestros combalidos cuerpos e razones, finalmente pusemo-nos a camiñar por estas plagas, mui nos encantando com lo pueblo, la architectura, la educafion e la culinaria deste encantador e hermoso país.
andamos por aí en los onibuzitos para turistas, que nosostros apelidamos cariñosamente de rardineira em Salbador, fazendo los percursos de las liñeas uno e does, e foi tudo mui agradabile e perfecho. Las mujeres sentiram um pueco de frio en las cabejas pois estábamos en la partita fuperior. duera logo se transformou numa madrezita com sua pafimina arrentina. Lucy se bestiu de pefeita, com su capuz de anon de rardin. E Dani encarnou la mais autenctica jahedista com su burca incontestable! Nada poren que uns tapas e biños en los cafes de las esquinas centenarias nos resolbiessen e mui bien! Antes que me encuadrem en la lei del Maria de la Peña aí en nuestro país, hai que esclarecier aos señores pafageiros desta pequiena cronica que tapas aqui es la denominaction de tuedo e qualquier tipo de salgajos, siejam ieles pritos ou assiados.
Pues bien, esclarecido esa importante questione, la comunicafions com los hermaños madrileños tien sido diesde la chegada mui facil. Sinto que ablo espanhol diesde siempre. Juan guijermo e su muchacha, entonces, ablam com una fluencia incrible. Paseamos pelo comercio despues e boltamos ao hostel para lo programa de la noche: um jantarzito para celebrafion de los compleaños de Lucy e Juan Guijermito, en lo restauran mais antigo de lo muendo: El sobriño de botin. Se o sobriño es asi ton antigo, imagino que su tio debe ter serbido la manzaba a Adon e Ieba ainda en lo paraísso, como non? El famueso local fica bien proximo de nosso hostel e apos una brieve camiñada fuemos mui bien acomodados en un mesa no segundo pavimiento de la casa onde o dicto estabelefimiento se encuentra.
Atendidos por uno fimpatico e garboso garfon local, ainda estamos procurando su percofo ate esta huera, fomos agrafiados con una biela refeccion, inifiada com uma biela e suculenta ciesta d paños caseros, regada a un biño mui gostoso, escojido a dedo pela Sra. guijermita. No nuestro jantar tuedos se fartaram com su pedidos, serbidos em generosíssimas puerçones. Ai que se comentar un facto que sinto sera moívo de arrependimento de mi parte para o resto de la bida. Como todos estavam mui tradicionales en su pedidos, tuedos pediram file mignon que aqui es chamado de sollomillo, resolvi pedir algo diferente, mais originable. Ao consultar nuestro mofo ( assim sao chamados los garciones por estas pararrens) sobre o que seria un escalope de ternera, ele me ecsplicou que se tratabam de cortes de carne de cervo com legumes, o que de imediato me remeteu a un libro que mui marcou mi infanccia: Robin Hood traducido para lo portuguies por Monteiro Lobato. Naquela narrativa inumeras eram las referenccias fectias à deliciosa carne de los cervos de lo re. Entonces resolvi encarar e degustar la prefiosa iguaria. Acontece que ao serbi-la, o sacripanta de lo moffio, ou garçon, como derrerrarien usteds, achou de dizer veado ao inbes de ternera ou cervo. Resultado, Pablito Hernandes, que ja non guesta, até o resto de mi dias repetirá que comi um viadiño en Madri. Que fituaction! Nada que tenga creado qualquer tipo de celeuma, até por que, contrariando nuestros mais sinceros protestos, meu e de juan guijermo, Hernandes assumiu toda la conta de lo jantar, por se tratar de lo nataliccio de sua esposa mui amada luciana rosa madaleña. O sien percosso ainda trouxe uma torta de quiejo com chocolate para cantarmos ( en espanhol, crejam-me) os compleaños de Lucy. Bon, tuedos se regozijaram com los pratos e despos nos despedimos para caminhar um pouco pela noche madrileña. Ficamos um pouco apreensivos por que na hora de la gorreta, embora tenha sido el gordito e atarracado moffio que nos atendeu o tempo inteiro, foi un otro, esbelto e mui magro,  que beio receber e ficou com la punta. Si gorreta aqui se llama punta. Que fazer? Ao descer las escadas ainda pudemos oubir uns berros de maten el magrelon, piegen esle magrelon safado, mas no me dearam boltar para ver do que si trataba. Ao sair de lo restauran, deparamo-nos com otro, tambem mui conbidatibo, llamado El cocido de Daniela. Desta biez foi Dani que herdou um apelidio para todo el sempre. Uessos do ofisio, que se hai de acer?
Bueno, apos camiñarmos pela madrugada deste espectaculo de ciudad, para desgastar el viadiño segundo Hernandez, boltamos para o aconchego de nosso hostel onde desfructamos de excelente dormida. Ahora pela manhana lucy, Hernandez e Dani del Cossido fueram ate o aeropuerto para resgatar la bagagem de mi hermana. Depinitivamiente las Cuecas de hernandes non lhe cairam bien ao que parece. Alem de gigantescas parecem que fiedem por demás... Uno pinto muerto e dues obos puedres, que se puede espejar?
De nuestra parte, jo, Auxi e Juan Guijermo bamos encarar un cafezito de la manhana pelas redondezas, enquanto esperamos a volta dos que se fueram. Espero tracer mais abenturas para usted em el projimo captulo! Por oi es tudo! Fiquem com Dios e com su madre, nuestra protetora de siempre! Bejos calientes a tuedos! Me fui!

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Hermana

Um poquito atrasado, pero no mucho!
Usted, mas que ninguem, sabe que estibiemos en una herdadeira maratona niestes dias de sus compleaños!
Dispos de bermos unidos nuestras buelas Añita e Dulce por la grieta en el avion de la TAP, non há duvidas que saímos tuedos de tal experienzia mui mais agradecidos, por nuestras vidas e por nuestras famílias, mi hermana querida!
Piermita manifestar-me, entonces, no mais legítimo castalhanês existentes en el mundo intieiro, para dizer-lhe acerca de mi feliciudad en estar cielebrano com usted esta data, in loco, aqui en Madri de la Espanha!
Como uno encarnado Quixote de Cervantes, tengo lutiado diariamente contra los moiños del viento de la existência e saiba, Lu, que tenho plena confiênfia del tanto que esto seria mais dificultoso sem tuas interbenções siempre solicitas e replietas de bem querer!
Grafias de corazon por tudo!
Saber que sempre puesso contar contigo en el assuntos familiares, prinfipalmiente en aquiejos relafionados a nuestra madrezita querida es uno balsamo para este su hermano caçula!
Usted tem sido el equilibrio de nuestra famija e da tua também! E mui viezes reconheço en tus bielos giestos, el dna inconfundible de tia Carmelita, tia Teca, tio Joaquim, entre tantos outros!
Mui orgulhoso de sabier que minha hermana tem combatido el bom combate e buscado fazer de su vida uma escalada berdadeira de testemuño criston!
En el ares de Madri ergo un brinde a toda tu estoria de bida, hermana!
Junto a Dora, Pablo Ernando, Juan Guijermo e Dani, espero proporcionar-lhe dias inesquecibiles de feliciudade e realizacion!
Agradeço a el bom Senhor el dom prestimoso de tu vida e pieço de corazon que Ele conceda-lhe mui años de vida, saúded, paz, felicidade e completude ao lado dos seus!
Nas asas da emoção dejo-me lebar por el amor para dizer-lhe o quanto es uma persona importante e inspiradora na bida de mui gente que tengo encontrado en el estes camiños de mi Dios!
Feliz natalifio! Biba tu vida!
Sei que En el fuso del lindo sientimento que nos une en hermandade, este diminuto atraso nada sinifica!
Conte comigo siempre! Longe ou pierto, saiba que sempre estarei de su lado partijando a grandeza de ser tu hermano! Amo usted! Deste mi modo estraño, mas creja-me, mui sentido!
E pra fechar, non poderia dejar de lhe questionar:  te café?

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ser cristão




Não me
deram asas
mas aprendi
a voar...
Pelas
palavras
ganhei o céu
e compreendi
o ar...
Aprendi
a ser vento,
soprando
sentimento
em quem
pude tocar...
Descobri
como ser brisa,
oferecendo
a quem precisa
a chance
de acreditar...
De repente
me vi anjo,
entre acordes
e arranjos
que fizeram
alguém cantar!
Não, não me
deram asas,
mas consegui
flutuar!
Pelos
amigos
plantei
meu trigo
e vi o campo
brotar!
Entendi
que ser pão
é oferecer
uma mão
quando
puder ajudar!
Virei então
alimento,
massa, pó,
sal, fermento,
disposto
a multiplicar!
Com a poesia
nas mãos
e o amor
no olhar
decifrei
o mistério
de, enfim,
me elevar!
Enxergar
cada ser
como irmão
da aventura
de estar
me deu asas
pra crer
que a missão
simplesmente
é amar!

Saudades do meu lugar




E quanto
mais longe
ficava
de seu mundo
mais os
segundos
custavam
a passar
e o peito
ardia
de uma
saudade
doentia
que sempre
insistia
em recordar
do seu lugar
E quanto
mais perto
do retorno
se sentia,
mais lhe
assaltava
a tentação
de se deixar
Até que
o coração
calmamente
lhe dizia
que só havia
a opção
de retornar...

terça-feira, 7 de abril de 2015

Continente idoso




O continente
idoso
aguarda
imperioso
os viajantes
de outras
terras...
Quer
apresentar
suas armas
e suas guerras,
seus escudos
e suas vitórias,
suas glórias
e seus profetas...
O continente
idoso
adora contar
histórias...
Debruça-se
sobre o chão
do hemisfério
norte
e conta
a quantidade
de mortes
que já viveu...
Quer
exorcizar
as próprias culpas,
mas nem pensa
em pedir desculpas
pelas loucuras
que cometeu...
O continente
idoso
se alimenta
de suas memórias!

Viajante




Ao menos
dê ao tempo
um pouco
mais de si
mesmo,
a honra
de merecer
cada instante,
o reconhecimento
de ser
este errante
que ama por aí,
a esmo,
vivo e pulsante,
instável
e inconstante,
mas pleno!

Ao menos
dê ao tempo
alguma chance
antes que
ele ponha termo
ao seu contrato
de passante,
visitante
de um planeta ermo,
distante,
itinerante,
como um cometa
gigante,
no cosmo
abissal
de azul
ameno...

Léo e Naninha




De pé,
no altar
da vida,
comungando
a saudade
querida
e ofertando
o testemunho
da fé!
De branco
e em paz,
celebrando
a passagem,
semelhança
e imagem
de um Deus
que refaz!
De pé,
sob a angústia
da ferida,
revelando
a verdade
sofrida
e aceitando
a vontade
do Amor...
Discípulos
do Senhor,
abraçando
seus
mandamentos,
revelando Deus,
num momento
de tanta dor!
Na voz e
nos gestos,
manifestos
de pura
entrega e
sentimento,
na mansidão
do próprio
entendimento
de que tudo
é possível
para Aquele
que crê!

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Ressurgindo




E enquanto
se esvaía
mais amava
se o olhar
se apagava
e a alma ia,
do próprio amor
o espírito
se elevava
o peito ardente
sob a pele fria!
E enquanto
o corpo inerte
suspirava
o tanto
que a paixão
o consumira,
a ira em perdão
se transformava
num espetáculo
que o mundo
nunca vira...
E enquanto
aquela dor
lhe transpassava
a missão
que recebera
então cumpria...
De fé morreu,
a voz anunciava,
de pé sofreu,
na luz que
se extinguia...
E enquanto
a palidez
se acentuava
a rocha rolava
pesada, dura e fria
revelando
desde o início
da alvorada
o mistério
predito
da tumba vazia!
E enquanto
o sol se renovava
uma nova luz aparecia
escolhendo
a pecadora aventurada
mensageira
da verdade
deste dia!

Visão de um outro tempo




E disse a rocha ao temporal:
"- Não me faças bem,
mas não me queiras mal..."
Que o açoite de
tuas lágrimas em fúria
guardem meus gritos
de lamúria
sob os fachos
de algum farol...
Ondas turquesas,
entre espumas brancas,
murmurem a paz
da imensidão do sol,
enquanto o cais
de algum olhar sincero
faça um sorriso
renascer em voz!

devaneios




Que o sonho dê a mão
à fantasia
e que transformem
em poesia
a poeira do coração...
Que façam flor
sobre a montanha fria
e façam amor
sob algum furacão!
Que as cores
sejam estrelas guias
no despertar
de uma constelação,
nas entresafras
da melancolia
afoguem as dores
da própria ilusão...
Que as sombras
chamem as luzes
pra uma dança breve,
par que se atreve
a coreografar
o olhar de quem
se lança!
E o eco da canção
que cala sob a neve
seja a lareira
da sua paixão!

sábado, 4 de abril de 2015

Sábado de aleluia



E na madrugada
a cruz se rendeu
a dor se perdeu
a morte não é nada!
Nova luz apareceu
entre dois se acendeu
no meio da estrada
na mesa partilhada
Outro sentido
pra nós se fez
Uma verdade e
a nossa vez
dividir a nova lei
da luz revelada!
E na madrugada
a luz se fez ver
fazendo reviver
a fé apagada!
E o tempo do Amor
quis alvorecer
se fez o senhor
de quem quer viver
a paz renovada!

Sexta feira santa



Dor de se sentir só
Dor de ser apenas pó
Dor de desespero
de amor tão verdadeiro
Dor de prego em cada mão
Dor de desapego
Dor de espinho e o coração
Dor sem aconchego
Dor de chaga em seus pés
Dor da intolerância
Dor da vaga e fraca fé
pela ignorância...
Dor de se saber quem é
Dor do sim à redenção
Dor de se esvair até
completar sua missão
Dor estampada no linho
Dor na treva do caminho
Dor na pele e no olhar
Dor no sangue e no chorar
Dor no seu falar
e em estar mudo
Dor de um Deus
querendo amar!
Dor de um Deus
que é tudo!

Quinta feira santa




Lave os pés
mas lave também a alma
o alimento sempre
está além do pão!
Vá com fé
mas vá com calma
o que importa
não é o rito,
mas a comunhão

História relembrar
Memória celebrar
a dor de sua paixão
a glória da ressurreição
a vida sobre a morte
a eternidade além do tempo
que a gente entende
como humanidade!