Me despedaço
em silêncio
entre sonhos
fáceis...
Como exorcizar
um abraço
com mensagens
frágeis?
Como desprezar
um sorriso?
Como substituir
um colo?
Como virtualizar
um beijo?
O que temos
plantado neste
solo?
Qual o nosso
desejo?
Me destempero
em palavras,
entre planos
mudos...
Como menosprezar
o carinho?
Como minimizar
algum toque?
Como ridicularizar
a ternura?
Como abrir mão
do prazer de passear
pela rua...
De mãos dadas,
olhando a lua,
contando as estrelas,
testando os sentidos,
sentindo o vento,
sonhando o futuro,
pisando em terra e cimento
e tateando no escuro...
Me desconecto
do tempo,
pra ir além
do absurdo...
A viagem
é a fantasia
onde me escuto...
A passagem
é a poesia
onde me invento...
Me entrego, em tudo,
e enquanto luto,
Sou cego, surdo,
sou lamento...
Sou verbo, sou sujeito,
sou oculto!
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