sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ode à amizade




Como diria o poeta é muito bom desfrutar momentos em boas companhias, mesmo que não seja “uma tarde em Itapoan”! O tempo parece perder a importância com gente que, mesmo não sendo, parece amigo de infância, acima do bem e do mal, mesmo sem saber que assim faz, conduz a gente de volta aos quintais das nossas juventudes, num “transe” que lembra a plenitude da paz...
Não diria ser uma fuga, mas um espaço que se aluga pra celebrar valores. Amizade, arte, encanto, humanidade que se reparte, como um tipo de manto que nos envolve no frio e dissolve o estio interior! Um brinde ao amor ágape, aquele sem outras intenções além de querer bem.
Como diria o poeta( e olha que o poeta dizia era coisa) “de repente, não mais que de repente, fez-se do amigo próximo o distante, fez-se da vida uma aventura errante”. “Para isso fomos feitos”, para aproveitar a dádiva da vida, olhar em olhos semelhantes aos nossos e enxergar os mesmos horizontes que sonhamos e, com eles, saber fazer pontes!
Não sei que nome se dá a esta dimensão, sei de sua vastidão, de sua revigorante força. Sei que alguns a chamam de ilusão, outros de canção, outros de mão estendida pra amizade, pra uma verdade, uma realidade possível, seja numa câmara secreta, seja no meio da praça!
Que assim se faça!
Amigos se transformem em abrigos, faça o tempo que for!
O mundo continuará girando, gente estará se matando, encontrando motivos e justificativas pra tudo. Deixa girar! Não nos cabe parar o tempo...
Deixa ele passar, como um interminável bloco de carnaval, fazendo festa e drama, acendendo e apagando chamas, unindo criadores e criaturas, planos e arquiteturas, liberdades e direitos, dores e curas, encontros e procuras, todos passistas da rua, alpinistas da lua, com suas preocupações e alívios, emoções, esperanças, sentidos, dançando o que há pra dançar!
Como diria o poeta (a benção Vinícius) “a vida é pra valer, há vida pra levar”, então que valha sempre a pena, que ela nos leve, breve, que nos carregue até aprendermos a andar. E quando, por alguns instantes que seja, tivermos esta sensação de que estamos quase lá, que aprendamos a não omitir sentimentos, que saibamos expressar os melhores pensamentos e, assim, contagiar o mundo com o que há de mais profundo em nós! Nós, que foram laços, e antes abraços e nos ensinaram a amar!

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