Ontem sonhei um poema,
um vaso caído diante de uma flor...
Não lembro qual era a flor,
nem sequer como era o vaso,
mas é nítida a imagem
do poder que a flor possuía
sobre aquele vaso que caía,
rolando aos seus pés,
nessa viagem...
Caído, o vaso encontrava
a forma mais apropriada
de reverenciar aquela flor
na sua forma simples.
Humildemente reconhecia
que embora a desejasse ainda,
não a teria mais, dentro de si...
Ela estava muito além
do que ele poderia,
agora ele via,
o tanto que ela era linda!
Não houve espinho,
não ficaram cacos,
apenas um vaso sozinho,
caído, derrotado,
e uma flor, de pé,
sustentada por um candelabro
e pela água,
motivo maior de sua fé!
As pétalas daquela flor
balançam agora ao sabor do vento,
suas folhas se espalham
no jardim pos pensamentos!
O vaso, deitado, coitado,
entre o vazio e o preenchimento,
também não fica parado
e gira, já conformado,
num canto qualquer da sala,
não sei bem se de uma casa
ou de um apartamento...
O tempo amanhece nublado
e a flor, reina em seu legado,
beija-flores a cortejam
voam ao seu lado e a cortejam...
E o vaso vai ficando de lado
perdendo o brilho e a cor,
virando coisa do passado,
preenchido pela própria dor!
Adorei estes versos.
ResponderExcluirJá coloquei no meu blog sem sua você saber.
Com seus créditos, claro.
Beijos!!!