sábado, 31 de janeiro de 2015

Ziquizira




Não se cobre
a palavra exata
se teu corpo finge
o que sua alma nega
O ouro virou cobre
na versão mais abstrata
que o silencio tinge
e a aversão entrega

Não me fale
em permanência trágica
onde a alma finge
O que o corpo busca às cegas
o couro ficou pobre
numa estática ingrata
onde a frieza cinge
o que a dor não nega...

De dentro
da crisálida
de sua adolescência
daninha
uma metamorfose
mesquinha
revela a insensatez
inválida
no centro
da cirandinha!

O mundo gira
somente ao seu redor
sustente em sol maior
a voz da sua ira!
A sua mira
já sabe o alvo de cor...
Só tende a ser pior
a sua ziquizira...

Nenhum comentário:

Postar um comentário