segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O incrível e necessário poder do Ridículo




Sim, eu me permito,
muitas vezes,
ser ridículo!
Tenho o poder
de assumir, sem receio,
o devaneio
de abraçar o papel
mais desprezado!
O bobo famigerado
que faz sorrir
ou emocionar
toda a corte
e por ela mesma
é ignorado
de maneira emblemática
em nome da norma
estética e estática!
Carregar
esta missão
nos próprios ombros
permite-me visitar
e soerguer
alguns escombros,
inclusive de muita gente
de quem se gosta!
Então, eu me permito,
sim, ser ridículo!
Encarnar o mito
de soar diferente,
de parecer estranho,
de nadar contra a corrente
e não pensar só no ganho...
Um mico!?
De que tamanho?
Do tamanho de um
coração coerente?
Se para isso
é necessário
ser ridículo,
faço disso
um compromisso,
e sem medo mergulho
nessa aventura
de retirar o entulho
de um mundo tão omisso...
Ridículo?
Pra mim parece bonito...
Então, sim,
mil vezes sim,
eu me permito!

Nenhum comentário:

Postar um comentário