quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Colo da vida (à irmã de poesia Madalena Ribeiro, sob encomenda)



Deite
no colo
da vida,
irmã da
poesia,
e separe
de um lado
felicidade
e do outro
alegria...
Como quem
reparte
os cabelos
num cafuné
de fim
de tarde...
Se o peito
arde,
o Amor
é sempre
o melhor
guia!
Não o amor
das vontades
e desejos,
das tempestades
e dos beijos,
mas o Amor
dos abraços,
dos laços
da verdade!
O Amor que
revela os
caminhos
entre tantas
promessas
e espinhos!
O Amor
sem pressa!
Aquele que
tem som de
conselho
de avó,
que tem
cheiro
de abraço
de mãe
e tempero
de piada
de amigo!
Amor abrigo,
cheio de
sabor!
Leve e macio
como pétala
de flor
caindo sobre
o leito
de um ribeirão
vazio!
Aquele
derretido
no cio
de um olhar
sedutor
que,
num repente,
faz todo
sentido!
No colo
da vida
o Amor
é sempre
o maior
milagre,
a melhor
medida,
a lâmina
e o sabre,
a ilusão
consentida
da dor,
da chegada
e da partida!

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