terça-feira, 24 de novembro de 2015

Dois



E diante da noite
o sol se pôs
de joelhos
no horizonte
à sua espera...
Quando a lua chegou
desfez-se a ponte
e a história dos dois
virou quimera!
Nuvens, ondas,
tudo distante,
uma órbita errante
durando eras...
E o que era gigante
se fez pequeno!
E o que era brilhante
se fez ameno!
E o que era verão
é primavera!
A lua,
em seu trono
de estrelas,
exposta,
a enrubecê-las,
se mostra,
pele vermelha,
sem pudor algum
em sua elipse,
linhas e curvas
de um corpo celeste,
de cor se veste,
de luz se despe,
se oferecendo
num eclipse!

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