sábado, 23 de julho de 2011

Presente embrulhado no estômago




Poeticamente
recito o terço
e imagino a noite
e suas criaturas
em vôos calmos
contra o açoite
do vento de frente
encontro curas
fazendo salmos
no balanço do berço...

Estrategicamente
repito o verso
e assino a madrugada
e seus barulhos
na maratona das horas
carros não me dizem nada
passos anunciam gente
o presente se perde no embrulho
que se jogou fora
além do universo...

Apaixonadamente
me lanço
nas pegadas perdidas
das palavras contidas...
Inevitavelmente,
eu danço
coreografias aprendidas
com um par chamado vida!

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