quarta-feira, 6 de julho de 2011

De joelhos




Dobra-te!
És humano,
tens pecado!
Andas entre
o profano
e o sagrado,
insano
na tua dor,
urbano
no teu amor
escuta
o chamado
mas faz
ouvido
de mercador!

Dobra-te!
Não para
humilhar-se
mas para rever-se
quem sabe converter-se
quem sabe perdoar-se?

És cigano,
nômade achado,
desengano
do criador,
“nano-usurpador”
do paraíso ao lado
“ultra-conspirador”
contra o tempo
contra o certo
vaga no deserto
do teu mau exemplo
e, ainda se acha,
se chama templo
de uma chama
que já soprou...

Dobra-te!
Ajoelha-te!
Ora!
Olha no fundo do espelho!
E guarda o que vê...

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