Se o futuro alcançar
o movimento dos meus planos
deixar as redeas no lugar
lançar as redes, ser cigano
A resistência sossegar
concreto é puro desengano
sob o abstrato arriscar
guardando apenas os que amo
melhor desacelerar a voz
que disparar a luz no escuro
o rio que encontra o mar na foz
do que se equilibrar no muro
Se o futuro acompanhar
os habitantes dos meus planos
tirar o pé, deixar estar
o acaso não comete enganos
os viajantes vão chegar
pra enfeitar minha varanda
e as crianças vão brincar
de pega-pega e de ciranda
melhor frear o que é veloz
desaprender a correria
pra desatar antigos nós
que aprisionam a fantasia
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