terça-feira, 27 de outubro de 2015

Vulcões



Cada cabeça, um mundo...
Cada conceito, um modo...
Cada universo, um jeito...
Seguimos imperfeitos
a nos julgar, em códigos!
Pra cada culpa, um mas...
Cada desculpa, um cais...
Cada impropério, um leito...
Seguimos imperfeitos
a nos julgar, sem métodos...
Pro desagravo, a censura!
Pro desabafo, a mistura...
Pra desavença, a cura!
E, mais que perfeitos,
seguimos a nos julgar,
os defeitos...
Pra decepção, a dor!
Pra indignação, o verbo!
Pra contradição, o dedo...
E o ar rarefeito
nos mostra que julgar
está no nosso peito...
Pra quem quer ouvir, conselho...
Pra quem quer falar, ouvido!
Pra quem quer gritar, silêncio...
Será que me aceito
antes de condenar o erro?
Pra curar a raiva, espera!
Cicatrizador de alma, tempo!
Voltamos ao começo
sem nos perdoar
tropeços... 

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