Tomando ar
pra soprar
a vela,
vai o vento,
manivela
a girar
o movimento
das correntes
a singrar
entre as nuvens
e o mar,
entre as ondas
e o céu,
barco de papel
a deslizar
sob meus dedos
enquanto o poema
que ouso navegar
avança como
o tempo
das marés,
que fazem
meus pés
afundar
na beira-mar
de algum viés...
Minha garrafa
leve esta poesia
e a nostalgia
de uma aventura
esquecida
num grande saveiro
que agora jaz,
atracado e perdido
em algum cais...
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