Uma tortura
uma agonia insana
uma loucura
uma aventura desumana
a estrada escura
uma procura cigana
pela cura
da dor mais pura:
a dura dor do amor
na alma humana!
E o tempo,
templo escancarado
dos instantes,
faz acender as velas
e os mirantes,
mostrando
aos navegantes
caravelas...
E sobre a tela
o traço, o pingo,
a tinta deslizante
faz do contorno
dos amantes
a aquarela
que silenciosamente
faz da dor do amor
um som distante!
Depois,
pra onde irão os dois
que se buscavam?
Vão se casar à noite
na capela,
com chuva de arroz
e anel brilhante?
Ou voltarão a ser
dois sóis errantes,
corações sem sentido,
novamente partidos,
sufocando seus gemidos
em suas celas...
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