sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sai a prosa volta a poesia

Verticalizando o espaço
num traço a direção do vôo
Do submundo à terra mãe
já conhecia a raiz...
Agora conheço também
seu filho mais aplicado

Do sul das Américas
ao seu norte
conhecer o estado forte
enfrentando a crise
Esforçando-se para exercer
a humildade de também
estar a serviço,
mais que isso,
precisar servir um pouco...

Temos todos um louco
adormecido dentro de nós,
aguadando um grito rouco
para despertar
do sono sem sentido...

A poesia, um pouco mais concreta,
está de volta, solta...
Depois de tantos dedos de prosa,
inverso volta a ser o papo,
ainda que vestido de trapos,
mendigando inspiração
no céu cor de rosa
guardado desde o fim
da tarde...

O sonho ainda arde...
Luz, som, amizade,
paisagem da janela lateral
do hotel que até amanhã
será lar...

Em algum lugar do mundo
o sol volta a brilhar
enquanto tudo aqui
é madrugada...

Eu só espero,
e quero,
muito,
que novas asas
cresçam vigorosas
e façam valer a pena
a fantasia das nuvens
daquele céu cor de rosa...

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