sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Velhos vícios



Prove 
um cálice
de brisa,
depois
de um porre
de chuva!
Tempestades
podem ter
gosto de uva,
como um batom...

Certas verdades,
que são jogadas
como serpentinas,

podem ser
cor de laranja,
ou talvez um outro tom,
formando franjas
nas cortinas dos salões,
como brasões antigos
daquelas sinas
que começavam
com "Era uma vez"!

Tome
um trago
de sol,
depois
de uma tábua
de ondas!
Aventuras
podem ser
redondas,
como um bombom!
Algumas juras,
que são trocadas
como confetes,
podem não ter
o sabor de um papel crepom,
ou talvez o rangido de dor
mas os ancestrais portões,
entradas de porões e abrigos,
serão guardados pra sempre
pelos melhores valetes
escolhidos a dedo
por rainhas e reis!

Tome um gole
da mais avassaladora
beleza...
As cartas estão
nas mesas,
as peças no tabuleiro,
que entrem os anfitriões!

Ases, duques, peões,
coringas, cavalos, 
ternos,canastrões, 
tudo está em cheque!
Tudo transformado
em senões...

Damas para todos os gostos
escondem os rostos
sob o leque!

Bispos em suas cruzadas
traçam diagonais pela espada
espirituais moleques!

Em volta da mesa
todos os vícios se encontram...
Mas só alguns vão se perder!

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