quinta-feira, 31 de março de 2011

Um último poema em março




No apagar das luzes de um dia
Antes que o sol venha pregar alguma peça
Eis que surge, do nada, uma poesia
Que no papel se esvai, em si, confessa...

Nada de filosofia vã e sóbria
Nada de ideologia em si expressa
Apenas um quinhão de nostalgia
De um mês que se despede, assim, sem pressa!

Um último poema para março
Na correnteza de suas águas radioativas
Que transformaram algas em sargaços
E reduziram vida em sobrevida...

No acender das luzes de outro mês
Quem dera reduzir as lágrimas a um cantil
E o terremoto- tsunami japonês
A um trote de primeiro de abril...

Um comentário:

  1. Adorei. Passei aqui pra ler as postagens mais antigas que eu não li e me deparei com esse saindo do forno. Você é dez. Que venha abril! beijos

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