sexta-feira, 1 de abril de 2011

A primeira poesia de Abril





Quem sabe uma mentira
traga em si
as verdades veladas
que não vi...

Segundos incontáveis
de um dia interminável
daquela luz no início da manhã
ou dos suspiros do final da tarde...

Quem sabe?

Quem sabe seja apenas
o primeiro dia de outro mês
que ,entre calendários e antenas,
em parabólica viagem se desfez...

Mundos impensáveis
tempo questionável
e aquela voz tão leve
no sussurro de uma noite breve...

Quem sabe?

Quem sabe quem abriu o mês
que palavras disse, que coisas fez?
Quem sabe quem virou freguês
dos brindes feitos ao tempo engarrafado?
De quem é a vez?
Quem sabe?

Quem sabe quem disparou a arma,
se era pistola ou fuzil...
Quem sabe se é destino ou karma,
quem sabe das folhas de abril...

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