quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Vida em manivela



E, de repente, a vida se abre numa explosão de cores!
E se agiganta e emudece e traz ao coração silenciosa prece...
Gratidão que se faz louvor! Coração que se faz amor!
Oração que contagia e tece...
Transforma em atitude o que era apenas intenção...
Modela em plenitude todo pulsar da criação!
Eleva, leva, conduz!
Faz gente pequena adquirir outra luz!
Faz valer a pena deixar o olhar se perder entre os azuis...
Céu e oceano, acerto e engano, sonho, sina, plano...
A vida transborda em mil porções!
Fragmentos de ilusões que se encontram...
E se encantam e se decantam nas vastidão do esplendor humano!
Amor cigano, em nuvens nômades sobre os vagões...
E as estações se perdem nas janelas, em aquarelas de tons urbanos...
Sequelas de um correr mundano...
De um tempo sem razões...
E, novamente, a vida se abre num abraço insano!
E se revela, sempre bela, a nós, mortais!
E enquanto gira a manivela, o filme corre solto pela tela...
Em preto e branco, mudo, com mil possibilidades de finais!
Em colorido e confortável som de studio...
Mil trilhas nos conduzem ao tom da paz!

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