quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ócios do ofício



Almofadas
cor de laranja
são as franjas
de uma tarde
avarandada
pele que arde
sob a carícia
de uma brisa
sem razão...
Noção
imprecisa,
doce delícia,
ondas de
ilusão...
Sonhos
que o vento
avisa,
entre o
momento
e a canção!
Inspiração...
Poesia
que improvisa
qualquer
refrão,
numa canja
de lua cheia,
verão esbanja
na veia
uma paixão
o pão e a ceia
a teia
e a exclamação!
Um compromisso
com o ócio,
os ossos
do ofício
em férias
por distinção!
E na tarde
avarandada
o tempo
não tarda
no compasso
impreciso
do balanço
da rede...
O descanso
da rede
é um abraço
que preciso...
Assim,
sem aviso,
pra entender
o sentido
das paredes
terem ouvidos!

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