sábado, 14 de fevereiro de 2015

Quem não morreu...




Não acredite
nos que lhe seguem
por pura diversão,
ou para atender
os caprichos
da própria ilusão...
Podem parecer
uma multidão,
mas dentro
de seu peito
você bem sabe
que não estarão
do seu lado
no momento
em que o futuro
encontrar o passado
e você procurar
alguém para lhe
estender a mão...
Nenhum deles está ali
por você ou pelo que
você significa...
Então, em que tudo isso
realmente te dignifica?
Com quem é mesmo
o seu compromisso?
Seu viço se perdeu
quando lhe deixaram
frente a frente
com aquilo que chamam
sucesso?!
Foi o prazer de conhecer
ou se reconhecer
no espelho das vaidades?
Então me diga agora
se depois você saberá
cavar o lugar certo
onde enterrou suas verdades...
No centro da multidão,
que é apenas um aglomerado
de gente em fuga de si mesma,
seu coração é um deserto...
E a sede lhe questiona
quem está mesmo certo,
você ou o mundo...
E enquanto você vaga,
vagabundo, em busca
da melhor resposta
pra se justificar,
a criação se pergunta
se isso é o melhor
que tem pra dar,
se este é mesmo seu lugar,
se você está fazendo
alguma diferença
ou, ao menos,
se está sendo fiel
às suas crenças...
Ou, confortavelmente,
se deixando levar...

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