quarta-feira, 21 de maio de 2014

Poetizando



Se eu me embriago
de alegria
te ofereço um trago
de poesia
numa dose de versos
que falam do centro
de mim...

São de lugares incertos
altares imersos
na aventura do dia a dia,
um rasgo de tudo o que havia
em cada metamorfose
de mim...

Se eu me embriago
de poesia
será que mereço o afago
da alegria
entre as algozes nostalgias
que versam
nas lembranças
sem fim?

São os cantares desertos
particulares reversos
nas contradições da melancolia...
Um rio que sempre havia,
um lago que não seria,
sem cada simbiose
de mim...

Só não duvide nunca
da lucidez de um poeta...
Há em cada um de nós
uma sobriedade imaculada,
como a dos profetas...
Só não usamos a voz,
esta estafeta da emoção...
O papel é nossa
estrada predileta...
E o coração que nos lê
e nos interpreta
é a nossa foz!
E ainda há
de nos dar vazão...

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