Duas crianças brincavam tranquilamente numa creche, um pouco afastadas do grupo maior de crianças...
De repente uma delas notou a presença de alguém muito especial... E mostrou à outra...
Era uma irmã, uma espécie de freira, vestida humildemente com as vestes de São Francisco...
Ela conversava docemente com um de seus discípulos a alguns metros daquelas duas crianças...
De repente, virou para elas e lhes ofereceu o mais terno dos sorrisos!
E seus olhos violetas sorriram juntos, silenciosamente lhes falando de Amor!
Uma criança então sussurrou alguma coisa no ouvido da outra e as duas correram em direção àquela irmã...
Sem nenhuma cerimônia, do jeito que criança é, já chegaram perguntando a ela:
-Ei, você é Jesus?
Diante da face enrubrecida da "Freira sem Convento", o discípulo sorriu e falou:
-O olhar das crianças não mente...
O mesmo santo olhar lhe censurou....
Como é transparente e verdadeira a afirmação de São Paulo, quando tomado pelo Espírito ele exclama:
-Já não sou eu quem vivo, é Cristo que vive em mim!
As crianças, nesta história, não se importaram com sexo, vestimenta, cor, religião...
Viram o essencial, o Amor resplandescendo no sorriso e no olhar de alguém...
Ali elas reconheceram e contemplaram Jesus se transfigurando!
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