Pedidos sem
sentido...
É tudo o que
resta?
Aproveitar
uma fresta
para tentar
se aproximar...
Uma brecha
para,
quem sabe,
esquecer
tudo,
deixar pra
lá, ficar mudo
e ver no que vai dar...
e ver no que vai dar...
Um enxame de
questões
que, de
repente, infesta
a consciência
que pesa,
durante o
gesto e a reza,
diante da
própria incapacidade
de enxergar
a verdade
e de pedir
perdão
ao mesmo irmão
ao mesmo irmão
que, sem nenhuma
razão
ou motivo que
justificasse
te viu passar por cima do
sagrado
em nome de
nada...
Ele que havia lhe estendido a mão
pedindo apenas que se calasse...
Que não excluísse sem razão..
Onde vai mesmo dar
esta estrada?
No altar da
vaidade?
Lá, onde o ego, cego,
de joelhos, diante do
espelho,
vê um olho
brilhar
e o outro
arder
diante da
escolha mal feita
entre
desprezar amigos
ou abraçar o
poder
como se este fosse um abrigo
onde pudesse se esconder...
Enquanto a
distância aumenta
e o inimigo
tenta reconquistar,
sem nenhum
traço
de amor
perceptível,
um
aproveitamento
ingrato e insensível
se revela...
Em sua cela,
girando a
manivela,
o espelho
revela
tudo o que
não
se deseja ver..
Diante da
verdade...
Arrependimento,
vergonha,
mentira que
assombra
num eco
ensurdecedor:
Meu Deus,
por que?
Por que agi assim?
Olhando para o movimento
das peças de xadrez
sobre um tabuleiro,
o horror do desespero
de perceber, tarde demais,
que pra defender o bispo
tornou-se um cavalo,
desprezou a dor das damas,
desprezou a dor das damas,
passou por cima do Rei,
sacrificou vários peões
enclausurou-se em sua torre,
perdeu a própria paz,
sacrificou vários peões
enclausurou-se em sua torre,
perdeu a própria paz,
perdeu a fé no coração...
E agora, sem chão,
E agora, sem chão,
percebe que não sabe o que faz...
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