quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Ao Mestre Rodolfo



Não vim para falar do médico brilhante.
Com certeza colegas seus o farão com muito mais propriedade que eu.
Também não vim falar  sobre o homem de família.
 Sua adorável e abnegada esposa Lívia e seus filhos tão especiais são testemunhas vivas do marido, pai e formador que ele sempre foi e continuará sendo!
Peço licença, então, para falar sobre o homem sábio, de cabelos absolutamente brancos, com quem tive a oportunidade de conversar algumas vezes e de me encantar com o manancial de conhecimento e histórias sobre esta nossa passagem chamada vida, sob o olhar atento e amoroso de um gigantesco sacerdote da medicina!
Nestas poucas, mas inesquecíveis, oportunidades o tempo pareceu parar diante de uma espécie de "rei mago" a nos oferecer sua dádiva: a alquimia entre inteligência e experiência, sensibilidade e conhecimento, gerando a mais pura e imaculada sabedoria!!!
Sua capacidade de síntese aliada a suas respeitosas pausas davam a impressão de que aquele homem da ciência lançava-nos calculados desafios surpreendentemente subjetivos, para nos fazer pensar e evoluir em poucos mas generosos segundos...
Pausas que respeitavam nosso tempo de absorver, degustar e digerir tais provocações feitas com uma voz tranquila e baixa que, com sua humilde autoridade, calava o mundo à sua volta pelo respeito e admiração. Interrogações naturalmente emolduradas de exclamações!!!
Um ser humano diferenciado, sem dúvida...
Alguém que soube escolher muito bem cada ingrediente, que conseguiu dosar cada pitada, no caldeirão onde preparou e nos deixou algumas belas receitas de Vida!
Um ser humano serviço!
Seu viço era servir!
Atuando em defesa da vida humana, mas sobretudo ensinando a pacientes, colegas e alunos a viver e exercitar o desafio diário de cuidar e curar...vencer e perder o eterno duelo entre doença e saúde, morte e vida, finitude e eternidade.
Independente de crenças, eterno se faz aquele que passa pela vida dos outros e faz a diferença...
Quem não passou por aqui de brincadeira...
Vida longa e eterna Doutor Rodolfo Teixeira!

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