E, num instante,
enchente em meus olhos:
felicidade e emoção
transbordantes...
Um sol que se derrama
em cores no horizonte...
Uma ponte,
um alarido distante,
um sentimento
errante que me chama!
E, num momento,
a face salgada
pela lágrima derretida
é oratório ao vento!
Sem maiores motivos,
contemplar o firmamento
é celebrar o milagre
de estar vivo!
Só com isso, me contento!
Com o ofício de ser,
com o compromisso de entender
que ser vai tão além
de simplesmente estar...
Ser é fazer valer...
O ato, o fato, o resto!
O gesto, o manifesto, o trato!
A dimensão de, num instante,
se deixar, ficar,
olhando sem razão alguma
o tempo se escoar
num dia que se vai...
E esperar...
Que a espera
é a primavera
de um pai!
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