Tenho escrito muito
através do teclado
estou sendo ingrato
com a caneta e o papel...
Ao mesmo tempo
tenho me privado
da sensação indescritível
de transformar
o atrito com as folhas
em escrita,
alquimia intransferível
de um poeta
em sua missão tão bendita!
Página a página,
a liberdade do traço
vai formando as letras
de uma identidade caligráfica!
É o DNA do escriba,
esta paixão de papiro,
que remonta à era
dos hieróglifos intraduzíveis!
Bobagem nostálgica?
Pode ser...
Ou somente um ancestral respeito,
como o do artesão pela madeira
ou do pesacdor pelo mar...
Em tempos de tecnológicas bandeiras,
deixar a parafernália de lado
e atender o chamado
de resgatar as origens
pode não ser uma bobagem...
Pode ser apenas uma antítese!
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