quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Inquietude



Salta
aos olhos
a plenitude
da dúvida...
A falta
de certeza
gera dor,
na era
da informação!
No que acreditar
já não importa...
Em quem acreditar?
Eis a questão!
A humana
indagação
sobre a verdade...
A realidade
que insiste
em dizer não!
A negação
impiedosa
da própria
humanidade
em gestos
de irracional
contradição!
Fere
os ouvidos
a inquietude
da palavra!
Todos os
sentidos
imploram
por virtudes...
Mas é a
hipocrisia
em sua lavra
que mancha
o coração
com a promessa
que ilude!
Arde
as narinas
a fétida
suspeita!
A sombra
espreita,
enquanto
a maldade
se refina...
Enquanto
a fome
aceita
tudo,
a voz
que opina
fala ao
mudo
sobre
as mazelas
de quem
já nem
raciocina!
Nenhum
toque
é permitido
sem patrulha,
a pele é
apenas
continuação
do estomago
que embrulha
à procura
de pão...
Nada vês,
nada ouves,
nada cheiras,
nada sentes,
nada sabes...
Apenas comes
e bebes!
Não precisas
sentir nenhum
sabor!
Não necessitas
defender
nenhum valor!
Queres teu
prato cheio
durante o mês!
Preferes o
fato feio
que as
próprias leis!
Tudo justifica-se
no teu pirão
primeiro!
Orgulha-te
de ser brasileiro!
Enquanto
o poeta
ouve, vê
e cora...
Sente,
cheira
e chora,
sonhando
um país
que seja
por inteiro!




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