E depois da dor
e do lamento,
depois do espinho
e do sofrimento
ergueu os olhos
e sorriu pro céu!
Já conseguia enxergar
sentido no movimento
das nuvens...
Agora podia entender
que, muito além
da beleza,
importava a elas
a leveza
por ter cumprido
sua missão
de oferecer à Terra
um pouco de si mesmas...
E, então, agradeceu
debaixo da chuva...
E quando,
repentinamente,
suas lágrimas
se misturaram
aos pingos,
lembrou que era
domingo
e só então
compreendeu
que também
podia chover...
E, transbordando de si,
num gesto definitivo,
finalmente choveu
e partilhou com o todo
toda a graça de
um ser vivo!
E sua vida
valeu!
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