terça-feira, 20 de agosto de 2013

Memórias de Elefantes



Olho para o lado
e não reconheço
meus lares,
os pares de destino
que calcei
e os olhares
onde habitei!

Tudo é passado
e eu também passarei,
talvez ao lado,
à margem da lei dos dias,
talvez de carona
na memória das alegrias,
nos tempos de príncipe ou rei...

Mas por hora,
ora, o que, de fato, eu sei?
Não guardo mais nomes,
não lembro do amanhã,
apenas sou um pouco
de tudo que herdei
de mim mesmo,
por minhas escolhas,
meus ideais,
minhas guerras
e minha paz...

Aqui jaz, em mim,
minha história...
Flores num jardim
sem muita glória,
cores num cair de sol
no horizonte...

Na ponte das minhas memórias
palavras tecem uma frase distante:
"os elefantes não esquecem"...
E eu faço uma prece
por estes gigantes!
Dóceis errantes,
de pesados movimentos leves,
também são breves
em seus instantes,
como a resistência
de quem vê a vida lhe desafiar
e se atreve!

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