Conte nos dedos
seus medos,
seus segredos, as amizades
da vida,
conte seus deslizes,
seus dias felizes,
suas cicatrizes, mas esqueça
as feridas
Porque a vida
levaria mil vidas
para contar!
Cante seu enredo,
seu sossego,
seus brinquedos, as verdades
da lida
cante suas raízes,
suas matizes,
suas diretrizes, mas mereça
sua jazida
Já que a vida
levaria mil vidas
para cantar!
Monte seus castelos,
seus elos,
seus violoncelos, as partituras
da dor
monte seu recinto,
seu labirinto,
seu lado faminto, mas abasteça
o seu amor
Já que a vida
levaria mil vidas
para montar!
Plante seu chinelo,
seus cogumelos,
seus farelos, suas aventuras,
seu valor
Plante seu instinto,
seu ego sucinto,
antes de ser extinto
como for...
Já que a vida
levaria mil vidas
para plantar!
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