sábado, 11 de agosto de 2012

Mera coincidência?



Se os góticos são céticos,
os óticos são cênicos,
os trópicos são típicos,
o que esperar dos cínicos,
senão o sorriso mais clínico,
impunemente sedutor?

São os artistas da existência
que não possuem clemência
e desconhecem o sentido
de tudo o que é certo...

Cuidado...
São chacais no meio do deserto
esperando quem passa sem medo...

E os cômicos?
São sônicos!
Simpáticas figuras,
sorridentes hienas
violentando o silêncio,
como gárgulas
de uma era futura
no ápice de sua melhor cena!

São os flautistas da decadência
que ridicularizam a inocência
de quem se sente perdido
mesmo estando tão perto...

Cuidado...
São cristais no centro do universo
que dormem tarde e acordam cedo...

E os pródigos?
O que dizer de seus códigos?
Como não notar os seus índigos?
Como não ouvir os seus mantras?
Como não cantar seus refrões?

Somos anões em terra de gigantes,
perdidos no espaço de um intervalo comercial!
No tunel do tempo, quem é que se habilita
a analisar o mentalista, entoando alguns salmos,
num funeral a sete palmos?

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