segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O poeta da cidade triste

Olho teu oceano...
Tapete azul se estendendo no horizonte...
Curaçao espumante, brinde de maré...
Meu pé é pegada na areia!
E o atlântico é só um sonho de sereia!
Olho no espelho das águas...
Contemplo a fé!
Aqui e ali feixes de luz
refletem os azuis
de tuas ondas...
São poucos os faróis...
Agora há tanto brilho
e tantos filhos dispostos
a brilhar!
Seu útero blue se contrai...
Espasmos de gestações
interrompidas...
Ou seriam orgasmos
de traições repetidas?
Olho teu oceano
e meus olhos viram mar...
Face salgada,
molhada de saudade
sonho sem mais alarde,
choro que arde,
sentido,
na chama do fim da tarde!
Meu país é noite...
Minha cidade é sombra...
Engraçado...
Nada mais me assombra!
Nada...
Olhando seu oceano bonito,
me confirmei infinito,
me percebi madrugada!

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