segunda-feira, 23 de maio de 2011

Um certo 23 de maio




Velho banco
na praça abandonada
um amigo transforma
a amiga em namorada

Velho banco
no fim daquela tarde
um primeiro beijo
inflama o que já arde

minha lembrança
vai depressa
pega o sentido
anti-horário
na direção contrária
do tempo
chega ao encontro
bem no horário

tudo irresponsavelmente
leve e inconseqüente
tudo intempestivamente
doce e atraente

tudo em volta
pouco importa
só nós dois ali
então corta...

Vai pra cena
do casamento
depois acelera
ainda mais o tempo

nossas fantasias
nossa “grande alegria”
nossa história de amor
tem tanto sentimento...

tudo intenso e rápido
como o clarão de um raio
e parece que foi ontem
um certo 23 de maio...

Um comentário: