sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Templo sem cor

 
Verde vira cinza
Mar fica vermelho
Gente que mata bicho
Que corta árvore
Mete o bedelho
Em coisas que estão além
De sua pequena ciência
E o que era sagrado
Passa a ser passado
Enquanto a criança chora
Pelo futuro que não vem

As ruas cor de laranja
A lua perdendo a luz
Gente dormindo no lixo
Perdida entre drogas
e pílulas azuis
em sonhos que estão aquém
de sua breve inteligência
e o que era sagrado
passa a ser passado
enquanto a esperança cora
pelo futuro que é de ninguém...

o tempo é um templo sem cor
um altar sem amor
não se serve mais de um senhor
ao mesmo tempo
é um templo sem dor
um bazar sem andor
não se serve mais de um amor
ao mesmo tempo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário