BAHIA de todos os SANTOS

Já era previsto. Não podia ser diferente.
Santos campeão, Vitória vice. Muita gente triste, muita gente contente.
Com mais de um século de história o maior vice campeão de todos os tempos perde mais uma final.
Calma, rubro-negros, nada mal!
Como me disse um apaixonado torcedor do Vitorinha, melhor ser segundo que ser segunda, numa clara alusão ao nosso amado tricolor de aço.
Não posso discordar dele. E parabenizo o Vitória pelo campeonato que fez.
Mas não tinha como ser diferente...
Camisa pesa. História também. Para os que continuam falando que quem vive de passado é museu, lembro que na dança dos tempos, quem hoje fala apenas em presente, ainda vai evocar esta década rubro-negra vitoriosa, no futuro.
Agora, independente de paixões e delírios, o Santos foi o melhor time do campeonato, assim como aconteceu quando o Vitória foi vice no Brasileirão de 1993, contra um time inesquecível do Palmeiras. Ecológico “espírito de porco” baixou naquela época sobre a torcida tricolor!
Mas, nesta Copa do Brasil, o que me espantou, realmente, foi a torcida rubro-negra ainda acreditar que dava. Além de melhor time, além da vantagem que tinha no jogo, além do Vitória não ter jogado nada na primeira partida, o jogo foi aqui na Bahia, terra de todos os SANTOS. Estava claro que o Leão estava fadado a mais um vice...
Acredito até, que nunca, antes, na história desta sadia rivalidade, tantos tricolores se transformaram, de uma hora para outra, em verdadeiros “SANTOS”, vivenciando a sua fé de uma maneira tão intensa, que não dava mesmo pra “Ramon” e companhia chegarem lá. Secamos vocês. O peixe não morreu na praia. Não na Bahia de todos os Santos. Mais uma vez é o leão que cai, no fim.
Teve torcedor rubro-negro evocando até um tal de caranguejo Zé que, segundo ele, tinha um parentesco paranormal com o Polvo Paul e acertava todos os resultados. Ainda segundo este fanático rubro-negro, antes da primeira partida, o tal do caranguejo foi solto entre as duas bandeiras, a do Santos e a do Vitória, e correu direto para a do Leão. Deu até na televisão...
Alguém deve ter inventado esta história, porque entre um Peixe e um Leão eu não tenho dúvidas para onde um caranguejo correria e de quem ele correria...
Agora, não espalha não, mas dizem as más línguas, que o nome completo do tal crustáceo era Zé dos Santos...
Que furo...
Bom, já tirei meu sarro, com o melhor espírito esportivo possível.
Mas sinto que não devo parar por aqui.
Espero que tudo isso traga um pouco de luz a esta moribunda diretoria tricolor...
Aproveitem a oportunidade e peçam pra sair.
Fazer o que vocês estão fazendo com a torcida do Bahia já foi longe demais.
O papel de torcer contra o sucesso do rival sempre coube aos “vicetórias”, não aos tricolores. O Vitorinha já bateu duas vezes na trave, por seus méritos, competência e esforços. E nós, onde estamos?
À imensa e honrada nação tricolor eu peço que não se contente com este papel. Já chega. É tempo de mudar, de exigir uma presidência e uma diretoria à altura da nossa história e da nossa força.
Se vocês estão felizes com o fracasso do rival, ok, não é de se estranhar.
Mas é muito pouco, é de uma mediocridade absurda aceitar tão pouco como conquista!
Sejamos a voz do campeão novamente. O lugar de vice não é para nós.
Quanto à torcida do Vitória, se orgulhe da campanha de seu time, comemore, festeje mais um vice. Vocês finalmente são campeões.
Nenhum time, na história do futebol brasileiro, é mais vice que o Vitorinha.
Vocês conseguiram, chegaram lá. Em todas as modalidades, em todas as divisões, em todas as dimensões. Estadual, nacional, juniores, regional.Voc~es finalmente são campeões, campeões em ser vices! Vixe, quer dizer, vices! Mais uma vez! Curtam este momento. E se coloquem no seu lugar...
Na Bahia de todos os Santos, é do “Bahêa” a voz do campeão!