segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Seria isso beleza virtual? (Uma bela campanha da Dove sobre a "perfeição" das maquiagens e photoshops) Vale uma reflexão...



Seria isso a beleza virtual?
Aquela que parece existir mas, de fato, não é real?
Própria de um mundo que valoriza muito a imagem, o "parecer" aquilo que não se é.
Ou não? É só imaginação?
No fundo, homens e mulheres sabem que tudo o que é artificial também tem prazo de validade. Muitas vezes mais curto do que aquilo que é natural, pois a natureza sempre dá um jeito de revelar a sua própria essência.
Ou nós, humanos encantados com aparências, vamos negar nossas experiências de sentir todo o encantamento visual ruir, diante de uma simples atitude mesquinha ou egocêntrica de uma pessoa que elege este tipo de fraude como valor essencial de vida?
Quanto tempo mais levaremos para compreender que não se consegue enganar a todos por todo o tempo, embora alguns consigam enganar muitos por pouco tempo ou poucos por muito tempo?
Às mulheres comuns de hoje, nas quais incluo minha filha, sobrinhas, afilhada, amigas,irmã, mãe, sogra, esposa, um toque: vocês já são especiais, já são únicas, simplesmente pelo que são. Não caiam na tentação de "ser mais uma" no meio da multidão afetada pelos rigorosos ditames da moda. Vocês não precisam. Confiem no que possuem de essencial, o resto pode ser vísivel aos olhos, mas não a fazem melhores ou piores do que ninguém!
Aos carinhas de hoje, um pedido de cuidado. Não esperem perfeição onde não existe. Pode ser triste constatar, mas o ser humano é imperfeito. Não há ninguém que caiba absoluta e plenamente nos seus sonhos. As lindas podem ser lindas, ou não. Ou você continuara desejando uma linda se ela se revelar uma tremenda chata, ou desleal, ou interesseira?
Beleza é fundamental, já diria o poeta. Mas também sempre foi relativa, já que sua percepção está no olhar de quem se encanta, não no de quem se produz. Agradar nunca foi fácil. Nunca será!
Mas quando a gente gosta de si mesmo e de tudo o que a gente é, agradar se torna naturalmente mais tranquilo...
Artificializando, pasteurizando e globalizando padrões de beleza, o ser humano nega sua própria personalidade, sua identidade incomum, diferente de todas as outras...
Estão aí as impressões digitais para comprovar nosso caráter exclusivo.
Somos, cada um, um. Repletos de belezas e feiuras, externas e internas.
Mas somos únicos.
Não! Digamos não aos padrões empurrados, porque nossa maior beleza está na individualidade. Uma individualidade que consegue ser ainda mais bonita quando enxerga no plural a singularidade de cada universo.
Aí, amor próprio se transforma em amor ágape.
E é o ponto mais próximo da perfeição que nós, humanos conseguimos chegar!
À Dove, que traz esta reflexão tão consequente, um brinde!
No meio da tempestade, em pleno dilúvio, esta campanha chega com a força de um ramo verde de vegetação, trazido no bico da pomba!
Ainda há esperança.

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