quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mais um que vai




Do outro lado do rio
Quem ainda ontem estava aqui
Na outra margem do rio
Quem ainda ontem era daqui

Do outro lado do rio
O cinza da cidade sempre vindo
Se aproximando em seu cio
O clima da verdade poluindo

Do outro lado do rio
Não reconheço quem já foi de cá
Na outra margem do rio
Já não pertencem a este lugar

Do outro lado do rio
ninguém sustenta sua fé
Aqui ficando vazio
Mas quem ficou está de pé...

Do outro lado do rio
não há palavra e honestidade
a honra pena no estio
entre os velórios da hombridade

Do outro lado do rio
Vejo sua mão me dar adeus
Mais um que vai neste fio
Que antes foi rio e se perdeu...

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