
Ele colocou seu casaco
na poça de lama
pra dama passar,
sem molhar seus pés...
Ela colocou o salto
na direção do seu peito
e passou por cima,
fincando seu peso, através...
Ela já não tinha saco
pra acender a chama
e esperar a chuva passar,
segurando a onda no convés...
Ele já não estava alto,
pra falar com jeito,
não queria criar clima,
com algum olhar de viés...
Quando resolveu falar
citou a trama do universo
e o destino...
Depois desabou a chorar
no tantra dos seus versos
voltou a ser menino...
Ela resolveu calar
fitou a cena com desprezo
de faxina...
Depois resolveu apelar:
seu drama o mantinha preso
até fecharem a cortina...
Nenhum comentário:
Postar um comentário