segunda-feira, 21 de junho de 2010

Violenta




Na madrugada
ouvi a voz da violência
no eco de alguns tiros
quando já passava das duas...

A rua violentada
clamando por decência
e a Terra dando seus giros
em busca de outras luas...

Na calada da noite
a testemunha calada
nada ouve, nada vê também
se sente ameaçada

Crime, castigo,
quem será o inimigo?
Quem faz a lei
ou quem não a cumpre?
Estamos todos
no mesmo balaio
desde o tempo
do Rei...

Na madrugada
ouço passos aflitos,
alguma coisa roubada
seguida de alguns gritos...

Mas ninguém faz mais nada...
A responsabilidade não é minha,
não é sua, não é de ninguém...
A educação negada,
o velho jeitinho e a grana acumulada
são mesmo culpa de quem?

Crime, castigo,
quem será o inimigo?
Quem faz a lei
ensina a não cumprir...
Estamos todos
no mesmo barco
desde o tempo
do Rei...

Mas hoje,
quem descobriu o Brasil?
Quem armou a cilada
ou quem fugiu?

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