As relações entre irmãos são pródigas em exemplos rotineiros de convivência com as diferenças. O mesmo se aplica às relações entre gerações que muitas vezes colidem, sem que os vínculos mais importantes, de fato, sejam quebrados. Às vezes é necessário que o fator tempo entre em ação para surgir uma nova compreensão e haver um verdadeiro acolhimento de outras verdades que não
as tradicionais. Há um deserto a ser atravessado que inclui a sede de informações e o oásis do entendimento de que, aquilo que de fato é essencial, está muito acima do que questões de conceito e preconceito. Há o tempo para o novo se afirmar e o tempo para o antigo se acostumar. Tudo isso exige respeito de ambas as partes...Assim também é entre irmãos, entre casais, entre religiões,
ideologias e culturas. Ninguém avança quando firma posição...Em casa, desde cedo, todos nós aprendemos a nos lapidar diante das estranhezas e diferenças de nossos parentes... Na casa comum a todos, nossos planeta, não há porque ser diferente... Somos todos semelhantes, vindos das mesmas origens...De fato somos uma imensa e diversa família aprendendo diariamente com o riquíssimo exercício da convivência. Antes de nos dividirmos entre raças, orientação sexual, classes ou ideologias, minorias ou maiorias, desenvolvidos ou não, deveríamos partilhar, uns com os outros os diferentes aprendizados da sobrevivência diária à maravilhosa aventura de passar por este planeta e plenamente ser. Aprender a escutar o outro, a nos frustrar, a nos enxergar no outro, a nos moldar. Compreender isso é aceitar que, assim como em nossa casa, em nossa família, estamos nos formando, crescendo, nos descobrindo, nos relacionando e, somente assim, através do respeito às diferenças, transformando a experiência do conviver muito mais do que em tolerância, em verdadeiro bem querer!
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