terça-feira, 31 de maio de 2016

Surrealismo Tupiniquim



E a tromba cinza
do elefante fanático
fez sombra sobre
o olhar ranzinza
do burguês midiático...
Nada prático
o discurso feérico
do freguês descalço,
do alto da abóboda
de um Kremlin falido...
Nenhum sentido
na retórica impingida
lá do cadafalso,
sonho abduzido,
mural asfáltico,
urbano vestal,
cadáver aromático,
bambo no pedestal
de um povo sofrido...
E o chifre pardo
do rinoceronte míope,
fez de um chilique o dardo
no olho do cíclope!
Medos guardados
por escudos-mitos
de uma escória enraizada
na falsidade de seus gritos!
E a besta fera
do neo-sapiens bandido
no instante de uma era
silenciou seu grunhido
na incerta primavera
de um tempo ainda por vir
um hd de zil teras
apagados pela tapir...

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