quinta-feira, 28 de abril de 2016

Sobre fé nos reveses da vida




A cada dia a sua chaga,
o bálsamo e a adaga,
o álamo e o machado,
o pórtico e a janela fechada...
Na escuridão as sombras definham...
E a chama vacilante da vela
me fala muito da fé de nossos dias...
Ah, Tomé, por que insiste
em só acreditar no que vê?
Porque resiste e duvida?
Não acompanhou os passos
do calvário?
Não percebeu quando
fugia-me esta vida?
Sua dúvida é mais uma ferida...
Mais um prego, um outro espinho,
cortando este meu caminho
enquanto a morte convida
a me transformar em pão e vinho!
Ah, Tomé, por que não acredita?
É a palavra de seus irmãos,
daqueles que estavam com você
no momento da minha paixão...
A cada dia a sua revelação!
A compreensão da parábola,
o milagre do pão...
A ressurreição e a lavra...
O tempo e a consagração...
A elevação e o altar...
O exemplo e a confirmação!
A comunhão e o templo!
Onde o Espírito vem habitar!

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